‘TRATORAÇO’ E CARREATA VÃO PROTESTAR CONTRA AUMENTO DO ICMS

Hortaliças, leite e ovos, antes isentos, agora são tributados em 4,14%: protesto na 5.a feira (FOTO: Reprodução/Money Times)

EM JAÚ, MANIFESTAÇÃO VAI COMEÇAR NO SÍTIO DA ASSOCICANA E CRUZAR O CENTRO ATÉ O SHOPPING

Entidades ligadas à agricultura e associações de classe de Jaú vão seguir a recomendação da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SP (Faesp) e organizar ‘tratoraço’ e carreata contra aumento do ICMS, nesta 5ª feira (7). “Não fomos consultados sobre esse aumento de tributos em cima de insumos agrícolas, ração animal e energia elétrica”, justifica Eduardo Romão, presidente da Associcana de Jaú, um dos organizadores da manifestação na cidade.

Segundo ele, “leite, ovos e hortaliças passam de isentos para uma taxa de 4,14%, sendo fortemente impactados” pela imposição do Governo do Estado, em vigor desde o dia 1º. O mesmo ocorre com adubos e fertilizantes, milho em grão, farelo de soja, sementes, produtos veterinários, defensivos agrícolas e rações. “Várias cadeias produtivas da agricultura foram impactadas, mas não atinge só a nós, mas também ao consumidor final, porque isso tem efeito cascata”, justifica Romão.

Eduardo Romão preside a Associcana e é um dos organizadores do protesto em Jaú (FOTO: Reprodução)

Jaú será uma das 140 cidades paulistas que vão protestar simultaneamente para fortalecer a Faesp nas negociações com o governo estadual. O objetivo é reverter esse aumento do ICMS. O ‘tratoraço’ será composto de tratores e maquinário agrícola estacionado em frente ao sítio da Associcana, na rodovia Jaú-Bauru, local de grande visibilidade, a partir das 7h da 5ª feira. Assim que a manifestação for concluída, haverá carreata entrando pela Av. Ana Claudina (acesso principal de Jaú), passando pela Zezinho Magalhães e, seguindo pela Rua 13 de Maio, cruzará parte da área central para chegar ao shopping.

Beto Pena, do Sincomércio Jaú: apoio aos produtores rurais (FOTO: Reprodução Web)

COMÉRCIO – “O Sincomércio apoia essa manifestação, um ato legítimo, porque entende que toda a sociedade civil tem de se organizar e protestar contra esse aumento”, reforçou o empresário José Roberto Pena, presidente do sindicato do comércio varejista. Lojas, supermercados, mercadinhos e toda a cadeia alimentar impactada pelo aumento estará representada na manifestação. “Temos obrigação de apoiar o evento. Estamos preocupados com os reflexos desse aumento de tributos no momento em que o governo devia estar preocupado em dar incentivos”, justificou Pena.

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