“Vai sair, vai sair”, diz Tarcísio sobre o AME; licitação deve ser aberta “nesse semestre”

Tarcísio não determinou datas para nada; depois de licitação e ordem de serviço, obra ainda deve demorar 12 meses (FOTO: Gov. SP/Reprodução)

Governador avança em relação ao que já disse o vice-governador em visitas à região, mas não crava datas; portanto, o AME segue no papel e continua sendo plataforma político-eleitoreira em véspera de eleição municipal

Em visita à região centro-oeste nesta 5.a feira 4 para inauguração e lançamento de obras habitacionais, rodoviárias e ambientais, entre outras, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) falou sobre a pauta principal da cidade de Jaú nos últimos quatro anos: a construção do AME (Ambulatório Médico de Especialidades), que virou disputa entre grupos políticos rivais. “Vai sair, vai sair”, disse o governador ao ser questionado.

Ele abordou o assunto durante entrevista à imprensa em Lençóis Paulista, onde entregou casas, implantou o orquidário municipal e lançou a construção do Jardim Botânico e do Centro de Educação Ambiental da cidade. Especificamente sobre o AME jauense, Tarcísio falou que o terreno já está definido (são 4.542 m2 no Jd. Chácara Auler), que já foi tecnicamente vistoriado e que o projeto está adiantado, repetindo o que o vice-governador Felício Ramuth repetiu duas vezes neste ano.

Perguntado quando o AME sai, enfim, Tarcísio não cravou data alguma. “Olha, nossa ideia é que a gente possa iniciar a licitação no segundo semestre desse ano. Então é questão agora de finalizar a questão burocrática e terminar o projeto, pra que a gente possa licitar no segundo semestre e ter condições de iniciar a licitação do AME” – disse, ipsis litteris (ao pé da letra). Repare que o governador citou duas vezes o segundo semestre e a licitação; quanto à questão burocrática, isso inclui projeto técnico, definição de custos e de onde virão os recursos, licenciamentos etc.

Em média, já com tudo definido para lançamento do edital para a obra, uma licitação do porte de um AME Mais (que é a proposta atual do governo do estado, onde se faz inclusive pequenas intervenções cirúrgicas além dos atendimentos médicos de especialidades), leva-se 90 dias. Outro ponto importante a ressaltar é o tanto que as prefeituras estão sofrendo para lidar com a nova lei das licitações, a de nº 14.133/21, que geralmente estão atrasando os processos.

Depois disso tudo feito ainda correm os prazos legais para recursos e impugnações, conferência de documentos, assinatura de contrato, emissão da ordem de serviço e, por fim, início efetivo das obras. Se tudo acontecer sem nenhuma intercorrência, a previsão é que uma obra como essa possa começar entre o final deste ano e início de 2025, e levar cerca de 12 meses para ser concluída. Tudo que ocorrer antes será lucro para a população.

Por fim, ainda virá mobília, equipamentos, contratação de médicos e profissionais da Saúde antes de iniciar o agendamento e atendimento dos pacientes. Portanto, como plataforma político-eleitoreira em véspera de eleição municipal, o AME no papel é um prato cheio; como equipamento público de saúde efetivo, continua orbitando os sonhos dos jauenses que ainda viajam para Bauru, Pirajuí e Botucatu toda vez que precisam de um serviço médico mais especializado.

Ivan no terreno que voltou para o Município: “Aqui será o AME” — só não se sabe quando (FOTO: Reprodução vídeo internet)

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