A falta de informações da Santa Casa de Pederneiras sobre o uso de recursos públicos toda vez que é questionada, levou vereadores da cidade a fazerem cobranças via Câmara Municipal e também por meio de representação ao Ministério Público (MP). “Desde 2022 que estou pedindo e não me informam. Eu mesma consegui R$ 600 mil em emendas do deputado federal Baleia Rossi para a Santa Casa, mas nem assim consigo a prestação de contas do hospital”, declarou ao HORAH a vereadora Ângela Vermelho (MDB).
O assunto voltou à discussão depois que o vice-prefeito Jonilce Pranas, o Joãozinho da Farmácia, no exercício da função de prefeito, mandou à Câmara o Projeto de Lei 68/24 para ser votado em regime de urgência na sessão de 2.a feira 23, destinando mais R$ 1.729.863,66 à Santa Casa. Desse total, R$ 1,229 milhão são recursos federais e R$ 500 mil próprios do Município, segundo o projeto que está na Câmara.
Para a vereadora, que faz coro com outros vereadores, entre eles Val Grana, a Santa Casa virou uma espécie de “saco sem fundo” de recursos, na medida em que não presta contas do uso das verbas. Pior que não para por aí. Ângela Vermelho também espera desde 16/4 por informações sobre o atendimento à bebê Ellyna Bueno, de 5 meses, que passou pela Santa Casa de 22 para 23/3 e, por falta de atenção adequada apontada pela família, teve o quadro agravado, foi transferida para Bauru e morreu em seguida.
“Estou com esse pedido sem resposta até hoje, embora tenha sido enviado para a Provedoria da Santa Casa pela Câmara”, comentou a vereadora, que encaminhou a documentação ao HORAH. O caso também foi levado ao Ministério Público (MP), mas continua sem resposta inclusive do órgão público responsável pela fiscalização e controle de casos dessa natureza. “Falta transparência, o que nos faz pensar em tudo, inclusive que o dinheiro público não está sendo bem empregado”, concluiu a parlamentar pederneirense.
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