
A vereadora Gisele Simões não responde mais pela presidência da Câmara de Gália, região de Marília. Ela foi destituída do cargo em manobra política dos vereadores durente sessão turbulenta na noite da 2.a feira (13). Ontem (16), o Diário Oficial publicou o resultado do recurso administrativo do diretor jurídico da Casa, João Sardi Jr, com parecer favorável da Comissão de Justiça e Redação para voltar ao cargo após ter sido afastado cautelarmente pela presidente, sob alegação de estar dificultando a execução dos serviços legislativos.
Mas a briga política em Gália não acabou. A atitude dos vereadores foi considerada arbitrária pela defesa de Gisele, que recorrerá à Justiça. É que durante a sessão Gisele teria sido impedida de argumentar sobre o afastamento do diretor jurídico, teria sido desacatada e encerrou a sessão, se retirando do plenário; os vereadores teriam esperado que ela fosse embora para retomar os trabalhos por conta própria e votar o pedido de destituição de Gisele.
O parecer da Comissão de Justiça e Redação no recurso de Jr Sardi concluiu que Gisele “não tem legitimidade para sozinha suspender cautelarmente o servidor (…) e, tampouco, determinar a instauração de processo administrativo de natureza disciplinar” contra ele. E reconheceu que o diretor jurídico presta serviços essenciais de “controlador interno da câmara (…), para a fiscalização dos atos de gestão da presidente que o afastou”.
Além de ser destituída da presidência da câmara, Gisele agora deve enfrentar também um pedido de cassação de mandato, aprovado igualmente na sessão tumultuada de 2.a feira. Os membros da Comissão Processante (CP) incumbida de investigar o caso e apresentar relatório pela cassação ou não já foi sorteada. Porém, a defesa de Gisele promete reverter essa situação antes de qualquer medida. HORAH segue acompanhando o caso e voltará ao assunto a qualquer momento.
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