Vereadores registram B.O. por Fake News, inclusive contra secretário e prefeito

Secretário do Meio Ambiente Giovanni Fabrício, no vídeo com notícia falsa que foi espalhado inclusive pelo prefeito de Jaú: registrado B.O. na polícia (FOTO: Reprodução vídeo de Marcos Soares)

Notícia falsa produzida em vídeo gravado por um taxista, espalhado e compartilhado por outras pessoas, entre elas o secretário do Meio Ambiente Giovanni Fabrício e o próprio prefeito de Jaú, Jorge Ivan Cassaro, acabou em boletim de ocorrência (B.O.) registrado na Polícia Civil por quatro vereadores da cidade, com pedido de abertura de inquérito criminal para investigar o crime. No caso, calúnia, injúria e difamação.

O taxista que gravou vídeo com Fake News: máquinas fora do rio não tinham nada a ver com fiscalização da Polícia Ambiental (FOTO: Reprodução vídeo)
Polícia Ambiental puniu empresa por não apresentar documentação de motosserras usadas no corte de árvores no rio Jaú (FOTO: Reprodução documento oficial)
Histórico do B.O. registrado na polícia de Jaú: prefeito Jorge e outros ligados direta ou indiretamente à administração, e que ajudaram a propagar a Fake News, foram denunciados (FOTO: Reprodução documento oficial)
Chupeta foi o primeiro vereador a rebater a notícia falsa (FOTO: TV Câmara/Reprodução)

Os vereadores Luiz Henrique Chupeta, Mateus Turini, Luizinho Andretto e Fábio de Souza, todos da oposição, alegam que o vídeo do taxista Marcos Soares entrevistando o secretário Giovanni os acusou de terem feito denúncia falsa à Polícia Ambiental, que levou à paralisação da limpeza do leito do rio Jaú contra enchentes, serviço contratado pela prefeitura. Máquinas foram mostradas fora do rio, o que seria resultado de denúncia infundada feita “por vereadores que enchem o saco do prefeito”, diz o taxista; o secretário aparece na sequência para confirmar tudo e mostrar documentos que estariam autorizando os serviços.

Alegando não ter denunciado nada, os vereadores reagiram ao vídeo com entrevistas ao HORAH e decidiram fazer o B.O. de Fake News contra quem gravou o vídeo, participou dele, compartilhou ou simplesmente distribuiu. Prints dessas postagens revelaram que até o prefeito Jorge contribuiu para a propagação da notícia falsa. “A Polícia Ambiental foi lá por causa de duas motosserras que foram usadas para cortar umas árvores para as máquinas entrarem no rio. Como a empresa não estava com as autorizações para uso desses equipamentos, foi autuada e as motosserras apreendidas. Não teve nada a ver com denúncia e muito menos com as máquinas que estão trabalhando no rio”, informou o vereador Chupeta.

Troca de mensagens entre o secretário Giovanni e o vice-prefeito Tuco Bauab mostra que ele também acompanhou o caso, foi ao local e até intercedeu na tentativa de liberar as motosserras para a empresa continuar trabalhando, o que de fato acabou acontecendo. A expectativa dos vereadores, agora, é que todos os envolvidos na Fake News sejam investigados e, se for apurada a culpa deles, denunciados à Justiça. O crime de calúnia prevê detenção de 6 meses a 2 anos; difamação, de 3 meses a 1 ano; e injúria, de 1 a 6 meses de prisão; em todos eles, também está prevista aplicação de multa.

Além de Chupeta, B.O. foi registrado também por Mateus Turini, Luizinho Andretto e Fábio de Souza (FOTOS: Reprodução HoraH)

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