Vexame – VEREADOR TESTA E DOA MEGAFONE À PREFEITURA, NA TRIBUNA DA CÂMARA

Cena hilária: Borgo testa e doa megafone à prefeitura de Jaú, para alertar ribeirinhos sobre enchentes (FOTO: Reprodução TV Câmara)

“SE EM UM ANO A PREFEITURA NÃO COMPROU, TOMEI A LIBERDADE DE DOAR UM MEGAFONE”, justificou Borgo equipamento é para alertar ribeirinhos sobre enchentes

Com a experiência de oito mandatos e se aproveitando do amadorismo do governo Ivan Cassaro, o vereador José Carlos Borgo (PDT) expôs a administração ao vexame ao testar e doar um megafone à prefeitura de Jaú, na tribuna da Câmara, na sessão da 2ª feira (8). O equipamento que custa em média R$ 200 nos sites de vendas, havia sido prometido pelo secretário da Mobilidade Urbana Márcio PX, em janeiro de 2021, como ferramenta para alertar famílias ribeirinhas dos riscos de enchentes no Rio Jaú.

“Se em um ano a prefeitura não comprou um megafone (…), tomei a liberdade de comprar um para doar para a Defesa Civil”, justificou Borgo, que foi à tribuna carregando uma sacola de presente. Para completar o vexame, ainda testou o equipamento: “Alô, seu Márcio PX! Esse megafone é um presente deste vereador pra Defesa Civil da nossa cidade. Gostaria que o sr. usasse na Defesa Civil e não levasse para o Ceprom, pra uso do sr.” A sede da Mobilidade Urbana é no Ceprom, no passado um centro de produção municipal.

Borgo foi para a tribuna com uma sacola de presente; em dado momento, tirou o megafone e surpreendeu a todos (FOTO: Reprodução TV Câmara)
Coube a Lampião levar o ”presente” á Defesa Civil (FOTO: Reprodução TV Câmara)

Borgo pediu licença ao jornalismo do HORAH para reproduzir a entrevista em que PX afirmava que a viatura da Defesa Civil circularia as margens do rio com sirene ligada e, com megafone, a população seria avisada sobre enchente, “para não ser surpreendida com a água chegando na cama”. Na mesma ocasião, ele também admitiu a necessidade de fazer a dragagem do leito do rio. Mas um ano depois a cidade sofreu com a maior enchente dos últimos 50 anos sem que nenhuma medida preventiva fosse tomada: dragagem, sirene ligada ou megafone.

Como a liderança do prefeito na Câmara recusou o pedido de Borgo para entregar o megafone à Defesa Civil e outros vereadores da base aliada ao prefeito confessaram-se constrangidos, o vereador Lampião, suplente que assumiu na sessão dessa semana, acabou assumindo essa responsabilidade. “Se você tá doando de coração, sem demagogia e sem brincadeira, você pode ter certeza que eu vou levar com muito carinho e vai ser útil”, disse Lampião, que deixou a Câmara carregando a sacola de presente com o megafone dentro.

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