Já estão protocolados na Câmara Municipal de Marília os pedidos de renúncia da Mesa Diretora, dos vereadores Evandro Galete, 1º secretário; João do Bar, 2º secretário; e José Carlos Albuquerque, 4º secretário e atual líder do prefeito na Casa. O presidente Marcos Rezende, segundo apurou HORAH, ainda não tomou ciência oficial das renúncias. “Não tínhamos mais condições de ficar na Mesa”, resumiu o vereador Evandro Galete, falando “pelo grupo”.
GRUPO DOS 7 – O grupo a que ele se refere já foi apelidado na Câmara de G7, integrado por Galete, João, Albuquerque, Marcos Custódio, Maurício Roberto, Zé Luiz Queiroz e Delegado Damasceno, que assinaram pedido para adiar a votação dos projetos que instituem o Plano de Carreira dos servidores municipais – Administração Direta, DAEM, IPREMM e da própria Câmara. Eles não foram atendidos e os projetos colocados na pauta de sessão extraordinária convocada para a 3ª feira (31/3), da qual não compareceram – além dos 7, outros 2 justificaram ausência com atestados médicos.
DISCORDÂNCIA – Os integrantes da Mesa não concordam “com a forma como a presidência conduz” o Legislativo e acusam Marcos de usar e permitir o uso dos microfones da TV Câmara na extraordinária, “sem nenhuma previsão regimental” para tanto. Eles fazem referência à falta de quórum na sessão e, mesmo assim, a presidência ter mantido os trabalhos e discursos por quase uma hora e meia. “Falaram o que quiseram, acabaram com a gente, agora terão de arcar com as consequências”, dizem os vereadores. Outra queixa é que quando o assunto é polêmico, a autoria é da Mesa; quando é bom politicamente, o presidente assume.
JUSTIÇA – Mas não para por aí. O G7 acredita que chegará ao G8 com a adesão de Mário Coraíni e até ao G9, o que isolaria o presidente e aliados dele, entre os quais Cícero do Ceasa e Professora Daniela. “O grupo estuda pedir na Justiça o afastamento do presidente”, confirmou Galete, ressalvando que ele, em particular, prefere não chegar a tanto. “O certo é que o grupo está unido e a Câmara não será mais a mesma”, disse.
COMO SERÁ – Segundo o Regimento Interno, em caso de renúncia dos membros da Mesa o presidente deve fazer a leitura dos pedidos na próxima sessão ordinária e, ato contínuo, convocar eleições para substituir cada um deles. A escolha deve ser feita na mesma sessão, assim que for declarada a vacância dos cargos. Como a Câmara está em quarentena do coronavírus até dia 7, a próxima sessão ordinária, se nada mudar, será dia 13.
HORAH – Você bem informado
