VOLTA DOS TRENS DE CARGA É DISCUTIDA EM MARÍLIA; transporte no Estado é composto apenas por 11% de ferrovias

A volta dos trens de carga, foi tema de discussão do Evento Retomada do Modal Ferroviário no Estado de São Paulo que ocorreu em Marília no auditório da Prefeitura Municipal. Como foco a reunião teve a ligação da estrada de ferro entre Marília à Bauru, já que em Bauru, existe um ramal ferroviário interligado as demais ferrovias do Brasil. A estratégia seria ligar a Hidrovia Tietê – Paraná em Panorama e as cidades desse eixo até Marília, onde teria a ligação ferroviária com Bauru.

O plano busca promover através de espaço em Lei Federal a estadualização dessas malhas através de novas concessões ao setor privado das linhas ferroviárias que estão ociosas e que seriam devolvidas à União, mediante acordo dos Governos Estaduais e Federal com as concessionárias.

O coordenador do Grupo de Trabalho das Ferrovias no Estado, Luiz Alberto Fioravante defende a necessidade da volta do trem, citando a saturação do acesso a região metropolitana de São Paulo. “Se previa que teríamos um apagão logístico por volta de 2025. Já aconteceu prefeito. Vocês que utilizam da Rodovia Castelo Branco para chegar em São Paulo, sabem o sufoco que acontece. Nosso Governador já autorizou a duplicação da Marginal da Castelo Branco até o km 32 e também o prolongamento da rodovia dando ligação a Marília e a Presidente Prudente”.

“Sempre defendi e vejo com total viabilidade econômica um intermodal nesse eixo Marilia, Vera Cruz e Garça, aproveitando o entroncamento das três importantes rodovias que temos, a BR 153, SP-333 e SP 294, pensando também na integração do transporte hidroviário que temos a menos de 80 quilômetros. Somos o centro do Estado de São Paulo e centro logístico do Brasil”, disse o prefeito de Marília Daniel Alonso.

De acordo com o coordenador a matriz de transporte no Estado é composta por 84% de rodovias, 11% de ferrovias, 3% de dutovia,e 2% de outros. “Esse 11% não é muito verdadeiro, porque está incluído a CPTM de SP e o METRÔ. Se considerarmos a participação das ferroviárias no Estado, isso não chega a 2%”, ressaltou o coordenador.

Daniel falou ainda, dos possíveis investidores e da importância desse Modal Ferroviário. “Pensar em fazer essa conexão do transporte rodoviário, ferroviário e hidroviário e canalizar pela ferrovia até o Porto de Santos ou até Bauru é extremamente viável. Com toda certeza, o que não vai faltar serão investidores da área privada para fazer a retomada desse importante sistema de transporte em um momento oportuno, em que o interior do Estado vem mostrando sua forca”.

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