Após o quarto dia de leitura do relatório final da Comissão Processante (CP), com pedido de cassação do mandato da prefeita Suéllen Rosim (PSC), 1.222 das 1.632 páginas foram lidas no plenário da Câmara Municipal de Bauru até o encerramento dos trabalhos, nesta 2.a feira 19. Os vereadores voltarão a se reunir a partir das 8h desta 3.a feira 20, e, ao longo do dia, terá início a votação do documento. Para que a prefeita seja efetivamente cassada, serão necessários 12 dos 17 votos da Casa.
O prazo final para a votação acaba na 5.a feira 22; se não estiver concluída até lá, o processo será arquivado automaticamente. Na votação, cada vereador terá direito de se pronunciar por 15 minutos e a prefeita ou a defesa dela, por duas horas. Será um procedimento lento e cercado de muita expectativa.
No andamento da sessão nesta 2.a feira ocorreram três interrupções: de uma hora, às 13h, para o almoço dos parlamentares; de 10 minutos, quando o vereador Eduardo Borgo pediu proibição da entrada de pessoas não ligadas ao processo em salas no interior da Câmara (ele chegou a discutir com o advogado da prefeita, Jeferson Machado, que alegou necessidade de apoio técnico a Suéllen, o que acabou concedido, mas restrito a uma sala da assessoria jurídica da Casa); e de mais 15 minutos, porque só havia quatro vereadores no plenário, quando o mínimo necessário é de seis (após a retomada dos trabalhos, havia 10 parlamentares no local).
Suéllen foi considerada responsável pelo cometimento de infrações político-administrativas na desapropriação de 16 imóveis para serem usados pela Secretaria da Educação, no final do ano passado. A conclusão foi da CP, que decidiu pedir a cassação do mandato da chefe do Executivo de Bauru. Os imóveis desapropriados custaram aos cofres públicos R$ 34,8 milhões.
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