60 DIAS DEPOIS, PREFEITURA NÃO SE MANIFESTA SOBRE SALÁRIO DO FUNCIONALISMO

No início do governo passado servidores fizeram greve em Jaú; e agora, vai dar acordo? (FOTO: Reprodução web)

SINDICATO PEDE 18%, TRÊS VEZES MENOS DO QUE PREFEITO APROVOU PARA SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE JAÚ

 

Sessenta dias depois, a prefeitura ainda não respondeu oficialmente o pedido de correção inflacionária de 18% sobre os salários dos funcionários públicos municipais de Jaú. A reivindicação foi protocolada dia 8/10. A diretoria do Sinfunpaem, o sindicato da categoria, também está sem resposta para solicitação de reunião com o prefeito Ivan Cassaro, para apresentar os representantes do funcionalismo e discutir a reposição inflacionária.

“Tenho cobrado diariamente o secretário de Governo, Paulo Ivo, e houve promessa de que sairia uma resposta por escrito na semana passada. Aguardamos e não teve nada. É um tempo excessivo para essa resposta”, ponderou o presidente do Sinfunpaem, Edenilson de Almeida. “Se não houve reunião nem reajuste até janeiro, temos data-base em março e aí sim a prefeitura será obrigada a nos atender e fazer uma mesa-redonda com a diretoria do sindicato para ouvir nossa pauta de reivindicação”.

Edenilson quer que Ivan faça para os servidores o mesmo que já fez para os secretários municipais: aprove um reajuste agora, para vigorar a partir de janeiro, visto que neste ano há impedimento da lei federal 173, que congelou salários por causa da pandemia. Para os secretários, o reajuste foi de 54,3%, três vezes mais do que o sindicato pede para o funcionalismo. “Queremos reposição da inflação do período da pandemia e a volta do pagamento dos adicionais por tempo de serviço, sexta-parte (quando o servidor completa 20 anos de serviço público), licença-prêmio, (parte das) férias em dinheiro, avaliações periódicas etc.”, disse Edenilson.

Secretário Paulo Ivo e o prefeito deixam servidores sem resposta (FOTO: Reprodução/Acontece Cidade)

 

Edenilson exigiu reunião direta com Ivan, mas também não teve resposta (FOTO: Reprodução/Divulgação)

Mas ele está preocupado porque a proposta orçamentária para 2022 reduz a folha de pagamentos da prefeitura em R$ 2 milhões. Com a promessa do prefeito de corrigir os salários dos servidores, cortar terceirizadas, chamar concursados e abrir novos concursos, “vai crescer muito a folha”, observou. Por isso, Edenilson espera “que o prefeito continue fazendo a mesma mágica que desde janeiro permitiu economizar recursos e trouxe um excesso de arrecadação de R$ 30 milhões, segundo dizem alguns vereadores, para suprir esse corte de R$ 2 milhões na folha”. Em 2017, sem acordo sobre o índice de correção dos salários do funcionalismo, greve de quase 15 dias paralisou os serviços municipais.

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