- ERA PARA SER SÓ UM AJUSTE NA ESTRUTURA, MAS UM ANO DEPOIS NÃO TEM MAIS PONTE SOBRE O RIO JAÚ
- TRABALHADOR RURAL É OBRIGADO A BUSCAR COMIDA A NADO
Por falta de uma ponte para cruzar o Rio Jaú no chamado Banharão Velho, um morador atravessa a água a nado para pegar com um vizinho do outro lado as mercadorias que pede para comprar na cidade. Depois põe tudo dentro de um saco plástico, amarra e volta nadando para casa. Para dar a volta de carro pelas estradas de terra e chegar à cidade, hoje ele demora mais de uma hora; então a solução para ‘encurtar’ caminho foi encarar o rio literalmente no peito.
Essa história real foi relatada na Câmara pelo vereador Luizinho Andreto. Ele acompanha o sofrimento dos moradores do Banharão há meses e fez questão de registrar tudo em vídeos e fotos. Em fevereiro do ano passado a ponte quebrada foi motivo de discussão com o secretário da Mobilidade Márcio PX; em abril começou o desmonte da estrutura para colocação de outra; e dia 10 de maio a prefeitura divulgou nota dizendo que o serviço ficaria pronto “em 15 dias”, se não ocorressem chuvas.
“A situação atual, filmada na 6ª feira (11), é esta: não tem mais ponte, não tem mais estrutura”, disse Luizinho ao exibir imagens no telão da Câmara na última 2ª feira (14). Um ano depois, o que precisava só de ajustes estruturais agora simplesmente não existe mais. “Seu Fábio, que mora na colônia do lado de lá da ponte, vinha pra Jaú por ali, mas agora demora 1h40 pra chegar”, contou o vereador, explicando a saga do trabalhador para comprar comida. Isso sem falar no escoamento da produção agrícola que era feita por ali, também.
“Será que se morasse um amigo do Ivan do outro lado essa ponte estaria assim? Será que se tivesse um apadrinhado, um conhecido, se ele tivesse um sítio daquele lado ia estar assim? Eu acho que não estava, heim?!” – concluiu Luizinho, que calou inclusive os vereadores aliados do prefeito Ivan Cassaro presentes à sessão.
HORAH – A verdade dos fatos
