I.L.M. da S., 16 anos, nega qualquer envolvimento no brutal assassinato do menino Lorenzo Febrônio Nunes, 5 anos, na noite do domingo 11. Ele foi agredido até a morte pela adolescente L., de 14 anos, no distrito de Lácio, em Marília, onde ambos moravam; aliás, a garota tinha amizade com os familiares do menino, o que não despertou desconfiança quando foi vista na companhia dele momentos antes do crime.
A também adolescente I.L.M. da S. foi namorada de L. e nas redes sociais está sendo acusada de participação no crime e ameaçada pelas pessoas. “A I. nem esteve em Lácio, não mora lá, não esteve nos últimos dias lá”, afirmou o advogado Carlos Credendio ao HORAH. Ele procurou a reportagem para fazer o esclarecimento após verificar as ameaças postadas nos grupos de WhatsApp. “No dia e horário dos fatos a I. estava com os familiares dela em Marília, onde ela mora”, garantiu.
L. só chamou a atenção depois que imagens de uma câmera de segurança registraram o momento em que ela e Lorenzo foram em direção ao campo de futebol de Lácio, que fica em frente a uma movimentada lanchonete do distrito; como depois disso o menino sumiu a passou a ser procurado desesperadamente pela família e amigos, ela foi abordada pela polícia e acabou confessando o crime, praticado em um pasto logo depois do campo. Questionada sobre a motivação, alegou que era zoada pelo menino por causa da opção sexual dela; porém, há informações de um histórico de violência envolvendo a adolescente.
“A I. e até a mãe dela estão correndo perigo de vida. É só ver como estão sendo massacradas nas redes sociais, mas sem nenhuma prova”, comentou Dr. Credendio. Entre as muitas mensagens em grupos locais, de Marília e da vizinha cidade de Vera Cruz, estão algumas bem diretas: “(…) a próxima foto q qro ver dela é morta”, em relação a L., que foi apreendida e conduzida à Fundação Casa de Araçatuba; “Acho que todos que se envolveram deveria ser pego, até mesmo a própria mãe (de I.) que sabia e estava acobertando, deveria ser presa além de levar uma boa surra”; “(…) são menores mas são assassinas, justiça Lorenzo um anjo sem defesa nenhuma”.
Há também quem faça ponderações: “(…) não acho legal envolver a namorada, se não tem provas de que ela ajudou. O B.O. não pode ficar pra ela, só porque ela namorava esse cap3t4”; “(…) elas terminaram faz tempo”. Em outras postagens, além da então namorada, também são mencionados dois rapazes como participantes, mas igualmente sem qualquer prova. Assim mesmo, a onda de acusações é crescente: “Com crtz a namorada ajudou”, escreve uma pessoa; “(…) tinham que judia delas até morte”, sentencia outra.
“Já estou com a procuração assinada pela mãe da I. e tal fato será comunicado ao Ministério Público e ao curador da Infância e Juventude, para que essas postagens sejam investigadas. Vamos pedir todas as providências, porque essa menina precisa ser protegida. Ela não teve participação nenhuma e está sofrendo um abalo emocional muito grande. Inclusive há uma preocupação muito grande na volta às aulas, nesta semana, de que ela sofra algum tipo de abuso ou agressão”, concluiu o advogado Dr. Credendio. Os prints das mensagens vão acompanhar as representações que ele fizer.
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