Acabou – JUSTIÇA MANDA DESPEJAR CMN, SE NECESSÁRIO COM FORÇA POLICIAL

Polícia Federal na CMN, durante Operação Miragem: rádios lacradas e jornal fechado (FOTO: Acervo HoraH)

  • Viaturas da PF na CMN, até então potência no setor de comunicação em Marília: tudo lacrado e, agora, com ordem de despejo

Ação de despejo movida pela proprietária do antigo prédio da Central Marília Notícias (CMN) obteve sentença favorável na Justiça e deverá ser desocupado imediatamente, inclusive com auxílio de força policial, se necessário. Elza Arquer tem ordem de despejo para tudo o que estiver no prédio, onde funcionaram as rádios Diário FM e Dirceu AM, lacradas pela Anatel por operarem clandestinamente, e o jornal Diário, também desativado judicialmente. Apenas arquivos do jornal e fotos devem ser preservados, por solicitação da Comissão de Registros Históricos da Câmara.

  • Quando rádios foram lacradas em 2016, policiais federais guardaram a porta da empresa: só entrava quem era autorizado

A decisão é assinada pela juíza Ângela Heinrich, da 5ª Vara Cível de Marília. As rádios deixaram de funcionar em 2016 e o jornal no início de 2017, sempre com presença da Polícia Federal no prédio. A propriedade da CMN continua sendo discutida judicialmente, mas ‘laranjas’ que apareciam como donos na documentação do grupo de comunicação disseram que os verdadeiros proprietários são o deputado em final de mandato Abelardo Camarinha e o filho, deputado eleito Vinícius. Uma enxurrada de ações trabalhistas de ex-empregados foi levada à Justiça, onde os dois políticos foram apontados como os patrões.

  • Na ocasião em que rádios e jornal foram lacrados, PF cumpriu etapas da Operação Miragem, que tem como réus, dentre outros, Camarinha e o filho Vinícius, cujo apartamento esteve na relação dos endereços para buscas e apreensões

A juíza determinou que a desocupação do imóvel seja ‘urgente’ e autorizou a proprietária a utilizar de meios próprios para tal. “Autorizo desde já, e se necessários, ordem de arrombamento e reforço policial” para o despejo da CMN, pontua a magistrada. O prédio fica à Rua Cel. Galdino, 55, Centro, e está lacrado pela PF desde janeiro de 2017.

(c/ informações Jornal do Povo)

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