Acusado de ser mandante de execução é colocado em liberdade provisória

Momento em que Ricardinho chega de moto, disfarçado de entregador, saca a arma e começa a disparar contra Wal, de camiseta verde, no meio da rua (FOTO: Reprodução câmeras segurança)

Por decisão do juiz Paulo Gustavo Ferrari, a Justiça de Marília concedeu o benefício da liberdade provisória ao pecuarista Ralf Tadeu Inforzato Gaspar, 62, acusado de ser o mandante da execução de um desafeto dele em dezembro do ano passado, mas que acabou matando a pessoa errada, segundo o próprio autor. O juiz alegou o surgimento de “fatos novos” que permitiram reanalisar a prisão preventiva de Ralf.

Muito provavelmente os advogados de defesa se apoiaram na prisão em flagrante na 6.a feira (1) passada, na porta da residência do filho de Ralf, na zona leste da cidade, do pequeno construtor C.A.R., 40 anos, no momento em que apareceu para receber R$ 10 mil cobrados para mudar a versão que incrimina o pecuarista. O dinheiro, parte de um total exigido de R$ 120 mil, se destinaria à mulher de Anderson Ricardo Lopes, o Ricardinho Kong, preso desde 29 de maio e réu confesso dos 5 tiros que mataram “por engano”, segundo ele, o vendedor de carros Walter Marcondelli Jr, o Wal, 40.

Wal foi abordado por Ricardinho logo cedo, quando chegava à garagem de veículos onde trabalhava nas proximidades do Hospital das Clínicas, bairro Fragata, no dia 7 de dezembro. De moto e com caixa de entregas nas costas, Ricardinho sacou a arma e começou a disparar contra Wal, que correu, mas foi seguido pelo executor; na fuga, ele deixou cair o revólver, primeira pista usada pela polícia para chegar até ele; imagens de câmeras de segurança da rua também ajudaram na identificação. O caso segue sendo investigado para esclarecer quem, afinal, deveria ser a vítima naquele dia; qual a motivação para o crime; se o mandante foi mesmo Ralf; se teve a participação de mais pessoas.

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