Chefe do Executivo de Bariri, região de Jaú, Abelardinho é envolvido em vários crimes, como corrupção passiva, fraudes licitatórias e processuais e até de mandar agredir empresário que o denunciava
Procurado na noite da 3.a feira (5) pelo HORAH, o prefeito Abelardo Simões Filho (MDB), o Abelardinho, informou na manhã de hoje que “não foi notificado” ainda sobre as acusações feitas contra ele por três promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO). Abelardinho falou por meio de nota encaminhada pela chefia de gabinete da Prefeitura de Bariri.
“De toda forma, ao que parece, no requerimento do MP ao Tribunal (de Justiça-TJ de São Paulo) não se observa, em suas alegações primárias, nenhum indício de autoria ou materialidade fática concreta contra o Prefeito, que permita a autorização da abertura (de investigação criminal), já que a narrativa da peça se baseia em especulações”, diz a nota. Os promotores mandaram 28 páginas de narrativas e provas ao TJ, todas ainda unilaterais, pedindo urgência no procedimento de investigação contra o prefeito.
Abelardinho foi acusado de “crimes de corrupção passiva, concussão, fraudes licitatórias e processuais, coação no curso do processo e, ainda, de ser mandante do atentado” contra um empresário de Bariri, que estaria fazendo denúncias de irregularidades na licitação para contratação de serviços de limpeza pública em 2021, que se mantém até hoje. A peça é assinada pelos promotores Nelson Febraio Jr, Gabriela Gonçalves Salvador e Ana Romano, como já noticiado por HORAH.
A nota enviada pela chefia de gabinete do prefeito acrescenta que se a investigação for autorizada pelo TJ e colocar o prefeito “no polo passivo da ação, serão tomadas todas as medidas judiciais para provar sua inocência, em total cooperação com as investigações”. Abelardinho também foi acusado de extorquir dinheiro do dono da Latina Ambiental, ganhadora da licitação da limpeza em Bariri, com valores que foram anotados na agenda do empresário Paulo Ricardo Barboza, preso desde 8 de agosto em Limeira. Aliás, todas as acusações contra o prefeito estão apoiadas no depoimento do empresário à polícia, na última 6.a feira (1).
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