Acusados de aliciar adolescentes para a prostituição, pai e filha são condenados

Mensagens nos celulares das vítimas ajudaram a condenar pai e filha envolvidos nas práticas criminosas (FOTO: P. Civil Bauru/Divulgação)

Homem de 53 anos e mulher de 35, pai e filha, foram condenados respectivamente a 28 anos e 8 meses de prisão e a 24 anos e 10 meses por aliciarem menores para a prostituição em Avaí, região de Bauru. Ambos tiveram as penas agravadas porque uma das vítimas, de 16 anos, é filha da mulher e neta do homem, que também confessou ter mantido relações sexuais com uma menina de 12 anos, o que configurou estupro de vulnerável.

Os fatos foram descobertos em fevereiro do ano passado, quando a PM foi chamada à casa dos réus por causa de um desentendimento; na ocasião, a filha da ré informou aos policiais que era forçada a se prostituir, o que também ocorria com as demais menores que estavam no local. Em abril, pai e filha foram presos e dois meses depois denunciados à Justiça, tendo sido condenados em julgamento na última 5.a feira 11.

A juíza Lêda Maria Furlanetti da 2.a Vara Criminal de Bauru inocentou uma terceira ré, mãe de uma das vítimas e que também tinha sido presa inicialmente, por falta de provas de que teria contribuído de alguma maneira para a prática dos crimes. O conjunto de provas contra os outros dois réus se baseou em depoimentos das vítimas, fotos e vídeos das meninas nuas encontradas no celular do homem, mensagens que estavam nos celulares das adolescentes e a confissão dele, de que se relacionou com a menina de 12 anos.

De acordo com o processo, a filha de 16 anos da ré condenada era forçada a atrair as garotas para a prostituição em troca de comida, dinheiro ou moradia; uma vez na residência, eram negociados valores e o local usado para encontros entre as garotas e homens que se relacionavam com elas.

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