Agressões: mãe diz que filho é esquizofrênico e que “Saúde Mental em Jaú não existe”

Anita, a mãe, diz que prefeitura foi avisada e que filho precisa de internação e cuidados (FOTO: Arquivo pessoal/Reprodução)

Mãe do agente comunitário Caio Coutinho, detido na última 6.a feira (30) por agredir enfermeira e vigilantes patrimoniais na USF em que trabalha e no prédio da prefeitura de Jaú, esclarece que o filho é esquizofrênico, devia permanecer internado “e sob medicações” e que não podia ter recebido alta nem ser liberado para voltar ao trabalho. “Eu avisei. Isso que aconteceu foi avisado”, afirmou Anita da Silva ao HORAH, dizendo que esteve tratando do assunto na prefeitura.

Depois de detido, o rapaz foi ouvido e liberado pela polícia. Segundo a mãe, ele é inimputável criminalmente por causa da doença, mas representa perigo a todos. “Isso pode se repetir sim, e com mais gravidade ainda”, advertiu. “É um menino maravilhoso, mas está em surto”. Caio ficou internado por 27 dias em hospital especializado em Jaú, mas a mãe diz que não recebeu a medicação necessária. “O que precisa ser feito é uma internação de imediato, com bastante urgência, mas com medicação; ele precisa ser medicado”, ressaltou Anita.

Em nota sobre o episódio, conforme já noticiou HORAH, a prefeitura disse que os servidores foram agredidos a socos pelo agente e que foi necessário chamar a PM para conte-lo. Por fim, informou que a “Secretaria de Governo irá instaurar os procedimentos cabíveis para apurar a situação”.

SAÚDE MENTAL – “O Caio não era para ter sido liberado da internação, não era para ser liberado pelo CAPs (Centro de Atenção Psicossocial), não podia ser liberado pelo médico da prefeitura, porque se você conversar com ele é visível o estado (de surto) que ele está”, comentou Anita, que relatou histórico de agressões inclusive aos familiares. Permitir a volta dele ao serviço público teria sido uma irresponsabilidade.

“A Saúde Mental em Jaú está precária, muito difícil. Para eu conseguir outra internação agora para ele, preciso começar tudo de novo: ir na delegacia pegar o boletim de ocorrência; ir lá no Fórum e ficar 4, 5 horas esperando para uma promotora tenha dá de mim e me atenda, como aconteceu da última vez – e que mesmo assim demorou mais de 15 dias”, contou a mãe.

“A Saúde Mental em Jaú não está existindo. A Saúde Mental de Jaú está precária, super precária. A verdade é que a prefeitura está pouco se lixando. E ele é funcionário público que trabalha na Saúde, e não tem assistência; imagina quem está fora?! A Saúde Mental de Jaú, para o pobre, esquece!”, finalizou Anita da Silva.

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