Alegando perseguição, coletores de lixo decretam ‘estado de greve’

Após conversa com secretários municipais, coletores decidiram suspender greve (FOTO: HoraH)

A transferência do servidor J.L. da coleta do lixo para outro setor da prefeitura de Jaú e a ameaça de fazer o mesmo “com mais quatro’ foram a gota d’água para os quase 60 coletores de Jaú, que realizaram assembleia às 5h desta 4.a feira (15) e decretaram ‘estado de greve’. O sindicato dos funcionários públicos municipais compareceu e decidiu protocolar a decisão na prefeitura ainda nesta manhã. “O prefeito será comunicado que os servidores da coleta estão em ‘estado de greve’ por 72 horas, a contar do momento do protocolo, e se não tiver uma resposta até a segunda-feira (20), os caminhões da coleta não vão sair para o trabalho”, informou o presidente Edenilson de Almeida.

Durante o ‘estado de greve’, apenas seis dos 10 caminhões diários da coleta vão para as ruas (FOTO: HoraH)
Quebra constante de caminhões terceirizados e mau estado de conservação de vias públicas dificultam trabalho dos coletores, mas ainda assim eles é que são punidos pela administração Ivan Cassaro (FOTOS: Reprodução HoraH)
Assembleia na manhã desta 4.a feira (15) foi acompanhada pelo sindicato e vereadores. Na foto, da esq. para a dir.: vereadores Mateus e Borgo, o sindicalista Edenilson, o vereador Luizinho e o advogado sindical Ivo Manoel (FOTO: Reprodução redes sociais)

A assembleia dos coletores foi acompanhada também pelo advogado sindical Ivo Manoel e pelos vereadores José Carlos Borgo, Mateus Turini e Luizinho Andreto. “Não é a primeira vez que são denunciadas perseguições neste governo. Isso precisa acabar, os servidores merecem respeito”, comentou Borgo. A transferência do servidor J. foi interpretada pelos coletores como uma represália do prefeito Ivan Cassaro a um atraso de duas horas no início da coleta na 5.a feira (9) da semana passada, quando os trabalhadores discutiram com o secretário do Meio Ambiente Giovani Fabrício a quebra constante dos caminhões terceirizados do lixo, a falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) e a pretensão de implantar o ponto digital no setor.

“O servidor transferido tem mais de 15 anos de prefeitura e foi tirado do setor de trabalho e realocado para outra função que não a de coleta”, explicou o sindicalista Edenilson, indignado com a perseguição que ameaça punir outros coletores pelo mesmo motivo. Durante o ‘estado de greve’ os servidores vão trabalhar “com 60% do número de coletores e apenas seis caminhões (dos 10 previstos por contrato por cada turno de serviço)”. Edenilson espera que a administração “reveja esse posicionamento a respeito da transferência do coletor, que não puna os outros, para evitar que a população seja ainda mais prejudicada nesse momento”.

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