Documento do Sinfunpaem, o sindicato dos funcionários públicos municipais de Jaú, foi protocolado às 14h07 na prefeitura para notificar o prefeito Ivan Cassaro e os secretários de Governo, Paulo Ivo, e do Meio Ambiente, Giovani Fabrício, do ‘estado de greve’ definido pelos coletores de lixo na madrugada desta 4.a feira (15), conforme já noticiou HORAH. Como o prazo legal da notificação é de 72 horas, o vencimento ocorrerá na próxima 2.a feira (20).
O documento observa que após esse prazo os servidores da coleta doméstica e industrial “iniciarão a paralisação das atividades por prazo indeterminado”, mas dentro da lei, portanto “assegurando a continuidade da prestação do serviço em 60% para não causar prejuízo à sociedade”. Como são aproximadamente 60 coletores, cerca de 36 deverão ser mantidos por turno de serviço, ocorrendo o mesmo com a frota de caminhões terceirizados pelo município — dos 10 diários, seis serão usados no trabalho.
São muitas as situações apontadas no documento protocolado na prefeitura, entre elas a falta de EPIs (uniformes, luvas, chapéus etc.); falta de transporte para locomoção dos coletores de um trecho de serviço para outro; e falta de caminhões adequados para o trabalho e quebra constante dos mesmos. Há um destaque para os itens seguintes, que motivaram a decisão dos coletores nesta 4.a feira: “perseguições e assédios, com ameaças constantes de troca de local de trabalho e terceirização do serviço”, além de uma “reconsideração da suposta transferência do servidor J.C.L., usada como punição” — ele teria sido transferido de setor após o grupo cobrar providências do secretário Giovani semana passada.
Por volta do meio-dia de hoje a Secretaria de Comunicação (Secom) da prefeitura chegou a emitir nota informando que não havia recebido notificação oficial do ‘estado de greve’ dos coletores, ressaltando ainda que “informações sobre falta de EPIs não procedem, pois desde o final do ano passado servidores receberam equipamentos como luvas, calçados, óculos de proteção e protetor solar”. Na assembleia na madrugada de hoje, contudo, os trabalhadores reafirmaram que ainda não receberam camisetas e chapéus; também criticaram bastante a precariedade dos caminhões da coleta, que deixam “vazar chorume e têm buracos por onde caem até sacolinhas de lixo” pelas ruas.
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