AMEAÇA DE GREVE PODE LEVAR À REVOGAÇÃO DO PLANO DE CARREIRAS; saiba mais

Ano passado, servidores fizeram assembleias em frente à prefeitura, pressionando negociação (FOTO: Reprodução/Sindimmar)

HORAH APURA QUE ALTERNATIVA É COGITADA PARA VIABILIZAR REAJUSTE MAIOR PARA OS SERVIDORES

O anúncio de greve na prefeitura a partir desta 6ª feira (1º/4) pode levar a uma decisão drástica na tentativa de atender reivindicação de reajuste salarial feita pelo Sindimmar, o sindicato dos servidores municipais de Marília. Segundo apurou HORAH, seria a revogação do Plano de Carreiras instituído neste ano, pela primeira vez na história da cidade.

Essa possibilidade chegou a ser cogitada na reunião de anteontem (28) entre representantes da administração, sindicato e comissão de servidores no gabinete do prefeito Daniel Alonso. A ideia foi apresentada pelo secretário da Fazenda Levi Gomes e confirmada por ele à reportagem na noite de ontem (29). “Só vejo essa possibilidade para dar os 14% que o sindicato estava pedindo”, comentou.

Na assembleia de ontem em frente ao Paço os servidores rejeitaram a contraproposta de 3% feita pela prefeitura e de R$ 100 no vale-alimentação, e ainda corrigiram o pedido para 23% de aumento e R$ 713 no vale. Se a prefeitura já se queixava de falta de caixa antes, agora a situação ficou ainda mais difícil, motivo pelo qual voltou a ser cogitada nos meios administrativos a revogação do Plano de Carreiras.

Na última reunião com servidores, secretariado aventou possibilidade de revogar Plano de Carreiras: será? (FOTO: Reprodução/PMM)

De acordo com o apurado, o plano aumentou a folha salarial em R$ 2,537 milhões/mês, o que representa R$ 33 milhões/ano, já contabilizado o abono. A prefeitura alega que, na média, os servidores tiveram correção salarial de 10,36%, sendo que algumas categorias teriam chegado a mais de 35%. Levi falou que só os 3% oferecidos agora representariam “quase R$ 13 milhões a mais na folha” por ano, fora o previsto no Plano de Carreira. O impasse tem até 15h de amanhã para ser resolvido — é este o horário marcado para início da assembleia que decidirá greve ou não.

Diante disso tudo, restam alguns questionamentos: O plano estaria mesmo ameaçado? A greve será mesmo iniciada? A administração tomará a iniciativa de uma nova contraproposta ou já encerrou a negociação? O projeto de reajuste de 3% e do vale-alimentação em R$ 520 será enviado à Câmara “a qualquer momento”, como se comenta nos bastidores políticos? Que outras medidas estariam sendo preparadas para as próximas horas? HORAH acompanha tudo.

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