Caminhoneiros autônomos de todo o País ameaçam paralisar atividades a partir do dia 1.o de novembro – e o pior, com foco em Santos, litoral paulista, onde fica o maior porto marítimo do Brasil. Durante o 2.o encontro nacional da categoria realizado no RJ, os caminhoneiros decidiram entrar em ‘estado de greve’ e dar 15 dias de prazo para o presidente Jair Bolsonaro mudar a política de preços dos combustíveis, reduzindo o custo do diesel.
Luciano Santos, presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam), disse que “dia 1.o de novembro o Brasil todo ficará parado” se o diesel não baixar de preço. O prazo começou a contar no sábado (16). Carlos Litti Dahmer, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logísticas (CNTTL), falou que “o prazo de 3 anos que Bolsonaro teve para desenvolver e melhorar a vida dos transportadores autônomos não foi cumprido”, então não resta outra alternativa senão a greve geral.

A categoria alega nunca ter enfrentado situação “tão difícil como nesses 3 anos de desgoverno Bolsonaro”. Várias entidades de transportadores estiveram no encontro no Rio neste fim de semana. Antes base eleitoral de Bolsonaro, agora os caminhoneiros se posicionam contra a política de preços dos combustíveis praticada pelo governo dele. Caso a greve geral ocorra mesmo dia 1.o, será a primeira manifestação conjunta das categorias de trabalhadores do setor desde a greve de maio de 2018, que desabasteceu o País e fez os preços subirem. Em julho deste ano, houve paralisação de um dia nas BRs, inclusive no centro-oeste, mas sem chegar ao porto de Santos.
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