Tite não é mais o treinador da seleção brasileira de futebol. Após mais uma eliminação em quartas-de-final de uma Copa do Mundo nesta 6.a feira (9), a sexta desde 1954 até agora, o técnico confirmou a saída já anunciada anteriormente. Com ele, devem cair também os integrantes de toda a coordenação da seleção para dar lugar a uma nova equipe que será escolhida pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Enquanto Tite sequer entrou no gramado ontem para consolar os jogadores após a desclassificação do Brasil pela Croácia no Catar, Ednaldo foi ao vestiário agradecer o empenho de todos; depois disse que a partir de janeiro estará à procura do novo técnico.
Tite ficou 6 anos à frente da seleção, período em que foram realizados 81 jogos com 80% de aproveitamento — um índice altíssimo. Foram somente seis derrotas e 15 empates, entre eles o de ontem contra a Croácia, que acabou derrotando o Brasil nos pênaltis. “Não tenho condição de avaliar todo o trabalho realizado. Não tenho essa capacidade”, declarou Tite na entrevista coletiva, depois. Erros na convocação dos jogadores para a Copa, o fato de ter levado um ‘nó tático’ dos treinadores de Camarões (que derrotou o Brasil na primeira fase da competição no Catar) e da Croácia, a equivocada estratégia de deixar o melhor batedor de pênaltis por último (e ele sequer chegou a cobrar!) e o fato de ir para o túnel após a eliminação sem falar com os jogadores, macularam a imagem do técnico brasileiro, muito criticado no mundo do futebol.
Na eliminação brasileira ontem, os croatas Vlasic, Majer, Modric e Orsi converteram; pelo Brasil Rodrygo bateu nas mãos do goleiro adversário, Casemiro e Pedro marcaram e Marquinhos, chutando com displicência, acertou a trave. Como essa quarta cobrança era decisiva para manter a seleção na Copa, o entendimento majoritário é de que Tite deveria ter colocado Neymar para bater, deixando Marquinhos pro final, mas ele não mexeu nessa ordem. Resultado: Brasil fora da Copa, derrotado nos pênatis por 4 a 2 pela Croácia, que segue na competição.
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