Nota de Repúdio divulgada por colegiado de conselheiros tutelares de Jaú e publicada por HORAH surte efeito e assessor de gabinete do prefeito Ivan Cassaro faz contato para dizer que as queixas serão ouvidas e discutidas pela administração municipal. A indignação manifestada foi pelo descaso do governo com o Conselho Tutelar, que sequer foi chamado para a elaboração do planejamento orçamentário voltado para o atendimento às crianças e adolescentes do município.
“Não precisava nem ter solicitado estar participando, porque faz parte do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), mas notificamos a prefeitura e infelizmente não fomos chamados”, explicou o conselheiro Rafael Vômero Teixeira, que já foi inclusive secretário municipal da Assistência Social e falou ao HORAH em nome dos demais conselheiros. “O Conselho Tutelar quer ser ouvido. Temos estatísticas, sabemos as necessidades das crianças e adolescentes de Jaú”, pontuou.
Estrutura física para trabalhar não falta aos conselheiros, como prédio, equipamentos de informática, veículo. “Cobramos serviços de apoio, como CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), médicos, vagas em creches e centros de convivência”, detalhou Rafael, reclamando que para quase tudo que é solicitado a resposta costuma ser uma só: não há verba disponível. “Por isso precisamos ajudar na elaboração do planejamento orçamentário, para ter essas ferramentas para trabalhar. Estamos pedindo para trabalhar”.
O assessor de gabinete que procurou os conselheiros informou a disposição da administração em dialogar e “ouvir as nossas demandas, para serem levadas para a lei orçamentária”, acrescentou Rafael. Ele fez questão de frisar que “o repúdio não foi uma questão política, pois qualquer que fosse o gestor que negligenciasse os direitos das crianças e dos adolescentes, estaríamos nos manifestando”. E finalizou afirmando que os conselheiros possuem “uma visão social, o coração na causa”.
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