“O problema é falta de caixa mesmo”, justifica Mônica Regina da Silva, presidente do IPREMM, o Instituto de Previdência do Município, quando questionada sobre o escalonamento de aposentadorias e pensões. “A arrecadação está baixa, não tem o que fazer”, acrescenta Levi Gomes, secretário da Fazenda. “Fornecedores e outras contas estão ficando para depois. Quem ganha mais e os comissionados recebem no final; quem ganha menos é pago antes”.
PROTESTOS – O 5º dia útil de outubro, na 2ª feira (7), fechou sem o depósito em conta da totalidade dos benefícios do IPREMM, dando início a protestos em frente ao Paço, que seguiram também nesta 3ª feira (8). “Não precisa ser analista financeiro pra saber o prejuízo que esses atrasos estão me acarretando”, postou a professora Carmen Lúcia Ribeiro, que foi às ruas com faixa e cartazes. Para ela, o prefeito precisa ser “humano, que considere o servidor como gente” para resolver o problema.
VAI CONTINUAR – Levi rebate, diz que Daniel Alonso mandou priorizar a folha, mas afirma que faltam recursos suficientes neste 2º semestre. “O escalonamento da folha vai continuar nos próximos meses”, prevê o secretário, o que inclui salários e benefícios de servidores da ativa e inativos do Instituto. “Vejo que tudo o que é possível a Prefeitura está fazendo”, observa a presidente Mônica, que trabalha em parceria com o Município para recuperação do caixa do IPREMM, dilapidado nas administrações anteriores. Segundo ela, até hoje o Instituto quitou 60% da folha – ou seja, 1.100 e um total de 1.821 benefícios. Apesar de lamentar a situação, diz que o IPREMM depende exclusivamente dos recursos da Prefeitura.
AUMENTO – Em nota ao HORAH, a Prefeitura informou que os repasses feitos ao IPREMM aumentaram 22%, se comparados com a administração passada. “São R$ 27 milhões a mais”, afirma. De janeiro/17 a agosto/19, o Instituto recebeu mais de R$ 149 milhões – de jan/13 a ago/15, no governo de Vinícius Camarinha, foram R$ 121,8 milhões. Além disso, acrescenta a nota, “para não deixar os aposentados sem salários, o prefeito Daniel determinou, desde 2017, que a Prefeitura complementasse a folha”. Dessa forma, mensalmente são repassados a cota patronal, valores descontados dos servidores ativos, o parcelamento feito pela gestão passada e também o valor que faltar, “para que todos recebam”.
HORAH – Você sabe das coisas