Audiência é adiada e 4 acusados de matar músico Betinho estão soltos

Roberto Padrenosso Filho, o Betinho: morte trágica há um ano (FOTO: Reprodução web)

Dois dos quatro acusados e denunciados pelo Ministério Público (MP) de matar o músico jauense Betinho Padrenosso em 8 de novembro do ano passado, ganharam a liberdade na última 2.a feira (12). Com eles, já são quatro envolvidos soltos e outro foragido. A audiência de instrução marcada para dia 1.o deste mês no Fórum de Jaú também foi adiada, sem data definida. A defesa dos réus alegou falha na perícia dos celulares deles, que foram novamente enviados à Polícia Científica.

Diego Corrêa e Fernando Cesarino já estavam soltos, enquanto que Sérgio de Lima e Marcos Parim tiveram habeas corpus concedido pela Justiça nesta semana. Há ainda um quinto envolvido, que responde a processo em separado e que está foragido: Cleiton França da Silva. Os demais haviam sido presos na fase de investigação do crime, no ano passado.

Músico de qualidade ímpar que marcou uma geração em Jaú, Betinho foi morto quando era transportado à força da cidade para Valinhos, a cerca de 200 quilômetros de distância, para tratamento em uma clínica de recuperação contratada pela irmã dele. Ela confirmou à polícia ter combinado tudo com um dos envolvidos, que se apresentou como representante da clínica. No dia do crime, os homens chegaram cedo à casa de Betinho e o colocaram à força no carro.

Testemunhas disseram ter visto Betinho pedir por socorro dentro do veículo próximo ao shopping da cidade, quando os homens pararam o carro, imobilizaram o músico e seguiram viagem. Ele sofreu agressões e teria sido morto com golpe ”mata-leão” no caminho para Valinhos; lá chegando, procuraram a UPA, que constatou o óbito e chamou a polícia. O promotor Rogério Rocco Magalhães, que denunciou os envolvidos à Justiça, informou que a pretensão era manter Betinho em uma espécie de cárcere privado na clínica em troca de remuneração paga pela irmã. Esta, por sua vez, falou que não permitiram que acompanhasse o irmão no transporte e, portanto, não presenciou nenhuma agressão a ele.

  • c/ informações da Redação e do G1

HORAH – Informação é tudo