Depois de só receber diretores de duas creches após forte pressão popular e política, e finalmente aumentar o repasse de recursos para atendimento de 300 crianças em 2023, agora o prefeito Ivan Cassaro está diante de outro desafio, igualmente causado por dificuldades no relacionamento com prestadores de serviços. Desta vez o problema é com a terceirizada de manutenção da cidade AT Santos, que trabalha em Jaú há oito anos e já comunicou que vai parar de vez nesta 4.a feira (14). Motivo: tem 10 dias de serviços prestados no final de 2020 ainda não quitados e um acumulado de R$ 297.763,00 atrasados, que não consegue receber da prefeitura. Pior é que tenta agendar reunião com Ivan “há uns seis meses”, sem êxito.
As informações são do diretor da terceirizada, Adalberto Tabajara, que falou com HORAH por telefone, da sede da empresa em São Paulo. “Vencemos uma licitação em 15 de dezembro de 2020, trabalhamos um ano e na hora de reajustar o valor previsto no contrato, nada. Estamos cobrando isso há quase um ano, temos um crédito de R$ 297.763,00 para receber e não conseguimos. A gente não consegue sequer emitir a fatura do mês, porque criam todo tipo de dificuldade”, disse o empresário, que não sabe o que está acontecendo. “Talvez não estejam satisfeitos com o nosso trabalho, sei lá, mas não dizem o que é”.
A fatura de novembro, que deveria ser pago no início de dezembro, ainda não foi emitida. O reajuste previsto em contrato, segundo Tabajara, é anual e para cobrir diferenças salariais dos funcionários, vales transporte e refeição e outros benefícios atualizados todos os anos pelo sindicato dos trabalhadores. Mas a prefeitura sequer recebeu o empresário para discutir o assunto. “Há uns três meses nós estivemos na prefeitura e levamos um documento informando que, diante dessa situação, não tínhamos mais interesse de renovar o contrato, a não ser que acertassem tudo. Porém, ainda não tivemos nenhuma resposta”.
O prazo para encerrar os trabalhos de limpeza de bueiros, tapa-buracos e outros serviços de manutenção da cidade vence amanhã. “Vamos com nossa equipe para pagar todo mundo, fazer a rescisão dos 85 trabalhadores e retirar tudo o que é nosso”, informou Tabajara, inconformado com a situação depois de tantos anos de trabalho em Jaú. A terceirizada disse ter feito o comunicado à prefeitura com tempo hábil para preparar nova licitação e não deixar a cidade desassistida. Quanto aos recebimentos atrasados e demais direitos, Tabajara preferiu não comentar nada por enquanto.
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