Sessão desta 3.a feira 29 na Câmara Municipal de Bauru tem na pauta dois projetos polêmicos e ainda sem consenso: o aumento do número de cadeiras no Legislativo e o reajuste nos subsídios pagos pela Prefeitura e pela Câmara. Sobre os salários, emperrou a proposta de um reajuste que vigorasse já a partir de janeiro de 2023, para elevar o teto salarial municipal; o projeto em pauta prevê aumento somente para os próximos mandatos, portanto de 1.o de janeiro de 2025 em diante.
Inicialmente havia a pretensão de subir o teto já, para melhorar a capacidade de remuneração da prefeitura principalmente para profissionais mais especializados, como médicos, visto que só de janeiro a outubro deste ano, 26 deles pediram exoneração do serviço público alegando baixos salários. Como isso implicaria em reajuste salarial para a prefeita Suéllen Rosim, vice-prefeito, secretários etc., a proposta não avançou e ficou de fora da pauta. Se aprovado hoje, projeto em votação só vai vigorar em 2025, elevando os salários da seguinte maneira: para prefeito, dos atuais R$ 18.155,30 para R$ 24.849,33 (novo teto salarial municipal, valor máximo que qualquer servidor pode receber); para secretários municipais, de R$ 11.665,86 para R$ 14.762,80; para vereadores, de R$ 7.845,21 para R$ 14.762,80.
Sobre a quantidade de vereadores na Câmara o consenso passa longe. O texto em pauta nesta 3.a feira prevê mais seis cadeiras a partir de 2025, passando das atuais 17 para 23 (para não ficar número par, arredonda-se para cima). Uma parte dos vereadores é contrária alegando grande impacto orçamentário, visto que cada vereador tem direito a dois assessores — logo, serão 6 vereadores e 12 assessores a mais, totalizando 18 novos integrantes da folha de pagamentos, o que representaria mais de R$ 2 milhões ao ano. Os favoráveis à proposta dizem que o valor não é alto se comparado com o que a Prefeitura terá em caixa, justificando ainda que Bauru tem 400 mil habitantes e precisa ter maior representatividade na Câmara. Há uma outra corrente entre os atuais vereadores que defende um vereador por zona regional da cidade — como são 21, então o Legislativo passaria de 17 para 21 cadeiras.
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