Capitão da PM é preso por envolvimento com crimes ligados a licitação fraudulenta em Bariri

Policiais e promotores do Gaeco durante definição da estratégia de ação na primeira operação, dia 8 de agosto (FOTO: Polícia Civil/Reprodução)

Um capitão a Polícia Militar cujo nome não foi divulgado foi preso por agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) em Araras, nesta 6.a feira (18). A ação foi autorizada pela Justiça, que há uma semana havia expedido mandados de busca, apreensão e prisão contra vários investigados por suposto envolvimento com crimes ligados a licitação fraudulenta na prefeitura de Bariri, região de Jaú, para contratação de empresa de limpeza pública.

Dia 8, operação focou as cidades de Bariri, Itaju, Jaú e Limeira (FOTO: P. Civil/Reprodução)

Segundo o GAECO, o capitão teria sido contratado pelo empresário Paulo Ricardo Barboza, proprietário da Latina Ambiental de Limeira, SP, para executar ação violenta contra empresário de Bariri que denunciou suspeitas de fraudes na licitação da limpeza pública ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Ministério Público (MP). Dia 2 de junho, a vítima foi agredida, ameaçada com arma de fogo e teve o celular roubado pelo capitão da PM em Bariri; na ocasião, ele usava um carro com placas de Limeira e, segundo a vítima, teria ordenado que parasse com as acusações. Os fatos foram ligados até a Polícia Civil e o GAECO chegarem ao dono da Latina, preso na operação realizada há uma semana, dia 8.

Após a operação, o delegado chefe da DIG Jaú, Marcelo Góes, falou ao HORAH que as investigações continuariam e ele não descartava novas prisões, o que acabou acontecendo hoje. Na 6.a passada, ao menos 16 endereços foram alvos de buscas e apreensões nas cidades de Bariri, Itaju (onde a Latina também atua), Limeira e Jaú, onde o investigado foi um advogado que em 2021, quando a licitação da limpeza foi realizada, era o secretário de Obras em Bariri.

Hoje foi confirmado também que além das novas investigações em curso e da análise de todo o material apreendido há uma semana, foram autorizadas também interceptações telefônicas dos suspeitos e o monitoramento das redes sociais deles. A Justiça teria inclusive prorrogado o prazo dessas interceptações, a pedido dos promotores que atuam junto ao GAECO, com objetivo de apurar todas as ramificações da organização criminosa suspeita de ter se formado em torno das licitações da limpeza pública.

HORAH – Informação é tudo