Carro é prensado entre caminhões e menino de 10 anos morre preso às ferragens

Onix em que estava a família inteira ficou prensado entre os caminhões; Arthur não resistiu (FOTO: Redes sociais/Reprodução)

O menino Arthur Lorenzo Luz dos Santos, de 10 anos, não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu preso a ferragens do carro em que estava com a família na noite da 3.a feira (8), no contorno rodoviário de Jaú, a caminho de casa, no bairro Cidade Alta, zona norte. O veículo GM Onix foi prensado entre dois caminhões em um trecho que está em obras, com velocidade reduzida e cones de sinalização sobre a pista. “Olhei pra trás, eu vi que veio um caminhão e não parou, ele não freou e não diminuiu a velocidade, não deu tempo de reação”, escreveu Andresa da Silva Luz, 28, em postagem numa rede social.

Socorro das vítimas exigiu a presença do Corpo de Bombeiros; trânsito na rodovia ficou comprometido por horas (FOTO: Redes sociais/Reprodução HoraH)
Arthur tinha 10 anos e estava no carro com a mãe, a irmãzinha e o padrasto (FOTO: Reprodução/redes sociais)

“Estavam todos devagar, vários carros a 20 km por hora, que se via de longe, quase parando o carro e com pista alerta acionado, estávamos todos de cinto e tinha um carro atrás acelerado, que jogou o carro dele nos cones e no acostamento da obra”, relatou a mãe, pouco antes de falar do caminhão que atingiu a traseira do Onix da família — aliás, comprado recentemente e ainda ajustando a documentação do veículo. “Perdi meu maior tesouro, meu filho, e só por Deus não morreu a família toda por imprudência de um motorista desqualificado”, continuou a mãe.

Arthur será sepultado às 16h desta 4.a feira (9) no cemitério do Distrito de Potunduva. Andresa já recebeu alta da Santa Casa, para onde foi socorrida ontem à noite com o marido Jonathan, 27, mecânico de uma concessionária de veículos de Jaú e padrasto de Arthur há 8 anos. Segundo informações de familiares ao HORAH, Jonathan e a filha do casal, Sophia, 3 anos, permanecem hospitalizados, “mas fora de perigo” — a menina teve um sangramento interno e tinha suspeita de fratura em um dos braços.

“Ele era uma criança muito amorosa, atencioso com a irmãzinha e carinhoso com os pais e todo mundo”, falou Juliana Rebeca Alves ao HORAH. Ela é vizinha da família no Cidade Alta e ontem estava à espera de Andresa para apanhar roupas “na lojinha que ela tem na casa dela”, que funciona após o expediente como vendedora de consórcios em uma concessionária de veículos em Jaú. “Eu pensei: pra ela estar atrasada é porque aconteceu alguma coisa. Eu estava angustiada, como que pressentindo”, comentou.

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