Caso da APAE: sangue na SPIN é de Claudia; falta exame nos fragmentos ósseos

Delegado Cledson do Nascimento durante entrevista nesta 2.a feira 16 (FOTO: Reprodução/JCNet e 94FM)

O delegado titular da 3.a Delegacia de Homicídios do DEIC Bauru confirmou nesta 2.a feira 16, que os vestígios de sangue encontrados no banco traseiro da Spin da APAE são de Claudia Lobo, secretária-executiva da entidade que foi morta a tiro e teve o corpo queimado por quatro dias na zona rural da cidade. Laudo de confrontação genética elaborado em SP foi concluído e encaminhado para a Polícia Civil, que investiga o caso.

Agora resta a confirmação de que os fragmentos ósseos encontrados em uma chácara entre Bauru e Arealva, onde também foram localizados os óculos da secretária, pertencem a ela. Contudo, a dificuldade de extrair o DNA para realizar os testes é maior neste caso, segundo o delegado Cledson do Nascimento, justamente pelo tempo que o corpo queimou.

Investigações indicam que Roberto presidia a APAE, mas sob as ordens da secretária Claudia: disputa de poder acabou em morte (FOTO: Reprodução)

Claudia teria sido morta no dia 6/8, quando desapareceu, e o principal suspeito da morte e ocultação do cadáver dela foi preso no dia 15. Trata-se do então presidente da APAE, Roberto Franceschetti Filho. As investigações indicaram que Roberto foi levado à presidência por influência de Claudia, que sempre deu as ordens do que fazer na APAE; juntos, passaram inclusive a desviar recursos da entidade, até que Roberto se rebelou e teria planejado matar a secretária.

O delegado Cledson usou a velha expressão de que “a criatura que se voltou contra o criador” para justificar o crime, resultado de uma disputa de poder e dinheiro depois que Roberto passou a não aceitar mais as ordens e imposições de Claudia. “Quando ele tomou gosto pelo cargo, inclusive pelos desvios financeiros, Roberto busca elimina-la, porque Claudia provavelmente estava tentando tira-lo da presidência”, comentou o delegado.

As investigações ainda não foram totalmente concluídas, mas o que antes era tratado apenas como desaparecimento de Claudia, já foi alterado para homicídio doloso qualificado e ocultação de cadáver. Outro investigado é o ex-funcionário da APAE, por sinal contratado em janeiro deste ano por Roberto, Dilomar Batista. Ele confessou que foi chamado pelo presidente para ajudar a sumir com o corpo de Claudia.

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