Conheça as acusações graves contra o vereador, posicionamento dos envolvidos e mobilizações pró e contra
O 1º item da Ordem do Dia da sessão da Câmara de Marília desta 2ª feira (12) é uma representação de 32 servidores do PA Sul, pedindo abertura de Comissão Processante (CP) para cassar o mandato do vereador Agente Federal Jr Féfin (PSL), acusado de quebra de decoro parlamentar. A tensão cresceu no fim de semana com manifestações de repúdio às atitudes do vereador no PA e de apoiadores, que lançaram até abaixo-assinado virtual contra a CP. Para ser aprovada, a CP depende de 7 dos 13 votos da Câmara; a sessão começa às 16h.
Féfin é acusado de invadir, bater boca, ofender, ameaçar e empurrar servidores do PA no dia 1º, em suposta fiscalização do serviço de saúde. Ele nega e usa como prova um vídeo gravado na ocasião; porém, na sessão da Câmara no dia 5, foi levantada hipótese de edição das imagens. Contra o vereador há B.O. com relato dos fatos e a representação à Câmara – que, segundo Féfin, conteriam afirmações ‘mentirosas’.
Pelas redes sociais, apoiadores convocaram protesto em frente à Câmara para 12h de hoje; em contrapartida, por meio de notas, o sindicato dos servidores (Sindimmar), o conselho de enfermagem (Corem-SP) e a Secretaria Municipal da Saúde repudiaram as atitudes do vereador, denunciado também à corregedoria da Polícia Federal em SP pelo secretário Cássio Pinto Jr, o Cassinho. O Corem exigiu ‘pedido de desculpas do vereador’ e pontuou: “É inadmissível que uma autoridade adentre uma instituição de saúde para ofender e ameaçar equipes”; o Sindimmar disse que Féfin “teve postura agressiva, verbal e fisicamente, em relação aos servidores e servidoras” e colocou o Jurídico à disposição da categoria.
Como Féfin é legalmente impedido de votar a CP, o suplente Cabo PM Luciano Fontana (PSL) já foi convocado — ele teria manifestado desconforto com o partido, que não tem contato com ele desde as eleições, mas não abriu o voto. O PSL se manifestou por nota do presidente Marcos Farto na 6.a feira (9), afirmando que Féfin foi fiscalizar o PA “em decorrência do clamor popular” e que fez “uso das atribuições legais” de vereador; e que enxerga no pedido de CP uma questão mais pessoal “do que de ordem política”. Nas redes sociais, apoiadores do vereador falam em ‘velha política’ e perseguição contra quem se dispõe a fiscalizar os serviços públicos em Marília.
HORAH – Você sabe das coisas
