Caso Hacker: comissão de vereadores decide convidar prefeita e cunhado para falarem

Eduardo Borgo, que preside a comissão da Câmara, e o hacker Patrick Brito, durante audiência pública sobre a espionagem (FOTO: Reprodução TV Câmara Bauru)

A prefeita Suéllen Rosim e o cunhado dela, Walmir Vitorelli Braga, serão convidados pela comissão temporária de vereadores da Câmara Municipal de Bauru para se manifestarem sobre as acusações do hacker Patrick Brito. Ele acusa Walmir de tê-lo contratado e pago para espionar a vereadora Estela Almagro e o jornalista Nelson Itaberá, ela por fazer oposição à administração e ele por publicar notícias que não estariam agradando a prefeita. O objetivo era encontrar ‘podres’ dos dois que pudessem desacreditá-los publicamente.

Walmir, o cunhado da prefeita Suéllen, acusado de contratar e pagar o hacker para espionar políticos bauruenses (FOTO: Reprodução web)
Estela, a vereadora que o hacker confirmou ter espionado (FOTO: Reprodução vídeo)
Suéllen será convidada para prestar esclarecimentos à comissão de vereadores (FOTO: Reprodução site Contraponto)
Vereador Borgo com envelopes contendo declarações do hacker, que confirmariam contratação pelo cunhado da prefeita para espionar desafetos políticos em Bauru (FOTO: Reprodução/TV Câmara)

A decisão foi tomada em reunião extraordinária da comissão de vereadores nesta 6.a feira 5. De acordo com o presidente, vereador e advogado Eduardo Borgo, a prefeita e o cunhado serão convidados “para fazer algum esclarecimento”, mas não têm obrigação de comparecer. Um assessor da prefeita que teria elaborado “a primeira nota do Walmir para a imprensa” negando as acusações do hacker também deverá ser convidado.

“Vamos ainda oficiar o Juízo da 1.a Vara Criminal de Araçatuba pedindo cópia do processo e o Ministério Público Federal (MPF), questionando se algum procedimento foi instaurado” no caso do hacker em relação a Bauru, informou Borgo. A comissão também decidiu que encaminhará ofício à Secretaria da Segurança Pública de SP “perguntando se existe processo na Corregedoria”, para tomar ciência de eventuais providências já encaminhadas sobre as acusações de Patrick Brito, que é de Araçatuba e, recentemente, deixou a prisão em Belgrado, Sérvia.

Os vereadores que fazem parte da comissão temporária criada pela Câmara com a finalidade de acompanhar as investigações do Caso Hacker também tomou conhecimento que Patrick teria prestado depoimento na 5.a feira 4 para um delegado de Araçatuba. Os detalhes ainda não são do inteiro conhecimento da comissão, que, recentemente, fez audiência online com o hacker para ter informações mais detalhadas das acusações envolvendo espionagem de desafetos políticos da administração municipal de Bauru – os vereadores ficaram sabendo, por exemplo, que seria intenção de Walmir espionar todos os vereadores e também o vice-prefeito.

HORAH – Informação é tudo