Thalia Ribeiro, 25 anos, está internada desde a noite do feriado da última 3.a feira 15 na Santa Casa de Pederneiras, região de Bauru, onde aguarda vaga para operar a mandíbula. Ela sofreu fratura após tomar um soco durante show no evento República do Rock 2022, no Parque Ecológico da cidade, quando tentou impedir que um homem agredisse o outro em frente ao palco. “Ele quis agredir um senhor que estava atrás de mim, eu pedi pra ele não fazer isso, ele me empurrou; pedi de novo, ele me deu um soco na cara e eu perdi a consciência”, relatou Thalia, que, ao cair, ainda sofreu escoriações em um dos braços.
A mulher está hospitalizada e à base de analgésicos para conter as fortes dores, não consegue se alimentar e reclama da demora para ser operada. Ela depende da Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (Cross), responsável pelo encaminhamento dos pacientes, órgão ligado à Diretoria Regional de Saúde (DRS) de Bauru e ao governo do estado, que ainda não se manifestou sobre a demora no procedimento. A agressão foi registrada por Thalia em boletim de ocorrência (B.O.), onde ela diz que o agressor seria ‘professor de artes marciais’ e costuma trabalhar como segurança.
Toda a confusão teria começado quando o vocalista da banda Garotos Podres, que encerrava o festival de rock em Pederneiras, fez críticas ao presidente da República Jair Bolsonaro. O tal professor teria se irritado e começado a agredir pessoas, inclusive Thalia. A agressão a ela foi filmada por um celular e o vídeo postado nas redes sociais, onde é possível verificar a confusão e o soco na mulher, conforme ela relatou no B.O. O agressor usava camiseta azul, bermuda preta e chinelos.
Apesar de o evento ter ocorrido em local público e a banda ter sido patrocinada pelo governo do estado, segundo postagens feitas sobre o episódio, a prefeitura de Pederneiras emitiu uma nota se eximindo de qualquer responsabilidade. “(…) o evento tem o apoio da prefeitura, porém, é organizado totalmente de forma independente”, informou. O caso está sendo investigado pela polícia da cidade — que, de posse do vídeo da agressão, não deverá ter dificuldade para identificar e ouvir o agressor.
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