Festa tradicional que reúne a sociedade jauense correu risco de não acontecer; fiscais da prefeitura interditaram local por falta de alvará quando convidados já estavam chegando
Depois de ter agido da mesma maneira contra o escritório de uma das maiores empresas de Jaú na véspera do pagamento dos funcionários, só porque não se dá com os proprietários, na noite desta 3.a feira (12) o prefeito Jorge Cassaro voltou ao ridículo e determinou a interdição de clube da cidade alegando “irregularidade e falta de alvará de funcionamento”. Detalhe: três fiscais da Secretaria de Economia e Finanças foram cumprir a ordem de interdição a meia hora de um dos eventos festivos mais tradicionais da sociedade jauense, promovido por veículo de comunicação cujos proprietários também são desafetos do prefeito.
“A comida estava quente na mesa, a bebida gelada e o salão pronto para a recepção dos convidados”, comentou um participante do evento, indignado com a atitude do prefeito Jorge, cujo visto aparece na ordem de interdição ao lado da assinatura da secretária Telma Duarte, com encaminhamento do documento à Fiscalização de Posturas para cumprimento naquele horário. Policiais Militares acompanharam os fiscais e, após o tumulto que se formava à frente do clube, os conduziram de volta ao veículo da fiscalização.
Convidados que estavam chegando, incluindo empresários e advogados, comentaram que a medida da prefeitura foi “altamente questionável” e que a legalidade do ato era “discutível”. Momentos depois, dois funcionários do clube tiraram a corrente que fechava o portão principal de acesso ao salão de eventos, removeram a ordem de interdição fixada pelos fiscais e liberaram a entrada, permitindo que a festa de gala acontecesse. “Ficou ridículo para o prefeito. Ele acha que é dono da cidade e, pelo jeito, estava querendo constranger todo mundo”, afirmou um dos convidados.
Tudo seria diferente se a interdição tivesse ocorrido mais cedo, com tempo para se discutir a medida ou comunicar os convidados. Outro problema é que a prefeitura e o prefeito exigem dos outros o que não cumprem para si mesmos, já que mais de 90% dos prédios públicos não possuem alvará de funcionamento por estarem desprovidos do AVCB, o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros. Isso inclui inclusive o prédio da prefeitura, onde também estão a câmara e o cine municipal; creches, unidades de saúde e escolas estão na mesma situação; empresas particulares do prefeito, também, segundo levantamento recentemente enviado ao HORAH.
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