Compasso de espera – PRESSIONADO POR PROTESTO, RAFAEL ACENA COM RODÍZIO DE QUARENTENA

Desde o ano passado que o setor protesta contra longos períodos de fechamento em Jaú (Foto: Reprodução)

Centenas foram às ruas com faixas e bate-panelas para prefeito de Jaú flexibilizar setores da economia

100% de ocupação dos leitos de UTI do SUS, 80% do convênio com a Prefeitura de Jaú e 50% dos particulares. Esse panorama apresentado pela Santa Casa nesta 2ª feira (20) acentuou os sinais de que a pandemia de Covid-19 avança rápido na cidade. Sem contar o número de infectados pelo coronavirus, que se aproxima de 750, os novos casos da doença registrados diariamente e quase 250 suspeitos no aguardo de resultados de exames laboratoriais.

O prefeito Rafael Agostini usou esse cenário para justificar o decreto da 6ª feira (17), que tornou a fechar restaurantes, salões de beleza e academias e manteve impedidos de trabalhar os bares e lanchonetes, parados há 120 dias. “A gente toma decisão de acordo com aquilo que tecnicamente é possível”, afirmou Rafael à comissão de empresários recebida no Salão Nobre do Gabinete, após passeata de protesto com centenas de pessoas, carro de som e bate-panelas que cruzou o Centro e foi parar na Prefeitura, ao meio-dia de hoje.

Com centenas de participantes, manifestação percorreu a Rua Major Prado, um dos principais corredores comerciais de Jaú (FOTO: Ricardo Grossi/HoraH)
Manifestantes aguardaram no saguão da Prefeitura, enquanto representantes de setores econômicos se reuniram com o prefeito, no Salão Nobre do Gabinete (FOTO: Moisés Coelho/HoraH)

Dizendo-se “sensível às questões da saúde pública e da economia”, o prefeito convenceu os empresários a esperar mais dois dias e fazer nova análise da situação na 5ª feira (23). Ante a volatilidade dos números da pandemia, ele acredita que até lá o quadro possa ser mais favorável, permitindo novas flexibilizações. Mas aceitou proposta dos empresários para ao menos fazer um rodízio semanal entre os setores que podem abrir e os que devem fechar, para dividir responsabilidades – e prejuízos.

“Uma coisa eu digo: se não tiver uma solução, faremos nova movimentação e bem mais forte do que essa de hoje”, declarou Nilson Ulrrich, dono de churrascaria e um dos organizadores do protesto. Questionado pelo HORAH sobre a prorrogação de prazo para pagamentos de taxas e impostos municipais, o prefeito disse que está estudando com o Jurídico, por se tratar de ano eleitoral com restrições específicas.

Rafael impediu a imprensa de entrar e acompanhar a reunião no Salão Nobre: faltou transparência – foto foi enviada à imprensa, do Gabinete (FOTO: Reprodução)

HORAH – Você sabe das coisas