Um caso de raiva de herbívoros foi confirmado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA-SP) nesta segunda-feira, 12 de julho, em um bovino no município de Oriente, região do Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) de Marília. O animal veio a óbito no dia 6 do mesmo mês.
A raiva de herbívoros é uma doença letal que pode ser transmitida ao ser humano e tem como o principal transmissor o morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus.
De acordo com médico veterinário da Secretaria de Agricultura, Guilherme Shin Iwamoto Haga, que junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária responde pelo Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros, esta espécie de morcego ocorre em todo o território do estado de São Paulo – na região de Marília, envolve os municípios de Álvaro de Carvalho, Alvinlândia, Fernão, Gália, Garça, Lupércio, Ocauçu, Oscar Bressane, Pompéia, Quintana e Vera Cruz.
“A espécie tem alta incidência na região, muito em razão de ser uma área de serra e, em virtude disso, existir muitos locais onde se abrigar. Também pela população de herbívoros domésticos (bovinos, equídeos e outros) onde este encontra a condição ideal para buscar seu alimento”, disse Guilherme.
FORÇA TAREFA PROGRAMADA PARA AGOSTO
O médico veterinário Ricardo Scioli Dal Colletto, que atua junto ao EDA de Marília, atendeu a ocorrência e está realizando um trabalho de investigação para verificar a origem da doença.
“No mês de agosto está sendo programada uma força tarefa com funcionários da equipe de controle da raiva dos herbívoros de diversas partes do Estado para revisão dos abrigos de morcegos hematófagos cadastrados e busca por novos locais que possam existir”, disse Colletto.
Em caso de se observar casos de animais com sinais sugestivos de raiva (andar cambaleante, salivação, andar em círculos, desorientação, não conseguir manter-se em pé, não conseguir se levantar, com movimentos de pedalagem e óbito) e sinais de ataques de morcegos no rebanho é preciso comunicar imediatamente a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (www.defesa.agricultura.sp.gov.br).
Outra medida que deve ser tomada é realizar a vacinação de todo o rebanho suscetível da propriedade.
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