Mortes de cabo e sargento, marido de Águida, continuam sob exclusiva investigação militar
Peça-chave para esclarecer as mortes do cabo PM Mário Sabino e do sargento Agnaldo Rodrigues, a cabo Águida Heloísa Barbosa Rodrigues, de 47 anos, não apareceu para depor na CPJ Bauru, na 3ª feira (5). Única sobrevivente na cena do crime na noite de 25/10, por enquanto a cabo só falou à investigação conduzida pela Polícia Militar. Ela era esposa do sargento, que teria trocado tiros com Sabino e também acabou morto – as circunstâncias das mortes, entretanto, ainda carecem de explicações.
Segundo apurou HORAH, Águida não foi autorizada a deixar a sede da PM Bauru, onde está recolhida administrativamente, para fornecer informações à investigação da Polícia Civil. A determinação teria sido comunicada pelo comando da PM ao delegado Cledson Nascimento, da DIG, “por telefone”, com outra informação: ele também não terá acesso ao inquérito militar com as provas do crime. O delegado disse que irá recorrer à Justiça.
CONFLITO – Tudo caminha para um conflito de competências sobre a investigação das mortes: a PM entende se tratar de um crime tipicamente militar e, portanto, a competência é só dela; a Polícia Civil diz que as mortes não ocorreram dentro de uma unidade militar, e, sim, no meio da rua, sendo também competência dela investigar. “Já que existe entendimento divergente, teremos de aguardar a decisão do Judiciário”, frisou o delegado da DIG.
HORAH – Você sabe das coisas