O prefeito Daniel Alonso comandou reunião para discutir o avanço do coronavírus e anunciar medidas para evitar que a doença se propague em Marília. Representantes da Saúde municipal, da Vigilância Epidemiológica, DRS e hospitais apresentaram ações preventivas no Gabinete, na presença da imprensa. Além de suspender eventos públicos e as aulas na rede municipal de ensino, restringir visitação a ambientes públicos (como a biblioteca e teatro) e atividades envolvendo idosos, Daniel disse ter pedido às empresas de transporte coletivo que disponibilizassem álcool gel nos ônibus e higienizasse os veículos 4 vezes/dia (até então, isso era feito só uma vez ao dia).
VIGILÂNCIA EFICAZ – Coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Alessandra Mosquini disse que “é hora de tomar medidas mais agressivas” para “achatar a curva de transmissão” do Covid-19 e evitar o que aconteceu na Itália, por exemplo, onde o sistema de saúde não deu conta de atender a demanda de infectados. “No Brasil, o sistema de vigilância é extremamente eficiente, até porque lidamos com muitas epidemias. O sarampo, por exemplo, veio da Europa e a gente controlou aqui”, tranquilizou. Ela também atualizou os números do coronavírus em Marília: 9 casos suspeitos até hoje, incluindo um idoso de 65 anos; ninguém está internado, só em monitoramento. O que chama a atenção é o avanço rápido, porque na 6.a feira (13) foi confirmado o 1.o suspeito.
HOSPITAIS – A preocupação entre os hospitais é ampliar o número de leitos de UTI e, principalmente, conseguir mais respiradores artificiais. Juntos, HC (28), HBU (26) e Santa Casa (25) dispõem de 79 leitos de UTI Adulto. “Vamos ampliar nossa capacidade e estamos contando com todo o apoio do Estado para isso”, informou Paloma Nunes, diretora do Complexo HCFamema. Segundo ela, no HC o plano de contingenciamento teve início em janeiro. Além das medidas básicas, a Santa Casa informou que colocou 2 médicos para atender só funcionários em estado gripal, para evitar que a doença se propague entre eles, e, de imediato, terá mais 5 leitos de UTI e, no médio prazo, poderá chegar a 14 — mas precisa de respiradores.
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