Crime entre PMs – CABO ÁGUIDA ESTÁ RECOLHIDA AO BATALHÃO E ORDEM É NÃO VAZAR INFORMAÇÕES

Cabo Sabino, que foi morto com 2 tiros, também foi judoca olímpico e integrava a comissão técnica da seleção brasileira de judô (FOTO: Reprodução Facebook)

Novas informações sobre mortes de PMs em troca de tiros são divulgadas pelo UOL; clima no local “é de tensão”

A Cabo PM Águida Barbosa Rodrigues está recolhida a um quarto de repouso de 4m2, no Comando de Policiamento do Interior (CPI-4), sede do Batalhão da PM em Bauru, desde a manhã da 3ª feira (29). Ela não deixa o local nem para fazer refeições, entregues a ela dentro do quarto, provido de “uma cama, uma mesinha e uma janela”. A informação, atribuída a ‘uma fonte próxima à investigação’ das mortes do marido dela, o Sargento PM Agnaldo Rodrigues, e do Cabo PM Mário Sabino, na noite da 6ª feira (25), foi divulgada pelo portal de notícias UOL.

Até então, o paradeiro da cabo era dado como incerto, após ela prestar depoimento ao inquérito militar que apura as mortes. Águida estava na cena do crime e é a única sobrevivente do tiroteio que resultou nas 2 mortes. O cabo foi morto com 2 tiros e o sargento com 4, segundo as informações atualizadas sobre o caso. Não há notícia, ainda, sobre eventual participação de Águida no crime – ela teria sido flagrada pelo marido dentro do carro do cabo, em rua sem saída, no Jd. Nicéia, em Bauru, quando ocorreram os disparos. Também não é sabido se ela estava armada e se deu algum tiro.

Sargento Agnaldo e a esposa, Cabo Águida: crime sob investigação tanto da PM quanto da Polícia Civil (FOTO: Reprodução Facebook)

TENSÃO – Diz a publicação do UOL que “o clima dentro do CPI-4 é de tensão e a ordem é clara: quem vazar informações para a imprensa vai enfrentar processo administrativo e pode ser expulso da corporação” da PM. Tanto Sabino quanto Agnaldo foram sepultados no sábado, o primeiro em Bauru, sob forte comoção e diante de centenas de pessoas, e o segundo em Pirajuí, região de Bauru. Cabo Águida foi ao velório do marido e permaneceu no local por 30 minutos. “Saiu escoltada por policiais, após ser recebida com revolta pelos familiares dele”, cita o UOL. À tarde, ela prestou depoimento à PM, mantido sob sigilo absoluto.

INVESTIGAÇÃO – Ao UOL, a Secretaria da Segurança Pública de SP afirmou que a investigação “é exclusiva da Polícia Militar, uma vez que o crime envolve dois agentes da PM”, tornando o caso tipicamente militar. Contudo, a secretaria não invalida a investigação já aberta pela Polícia Civil de Bauru, alegando que o crime seria de exclusiva investigação da PM se tivesse ocorrido dentro de uma unidade militar. “Ambas ocorrem paralelamente”, sustentou a secretaria.

HORAH – Você sabe das coisas