Cunhado da prefeita diz em nota que não sabia das atividades ilegais do hacker de Araçatuba

Walmir, o cunhado da prefeita Suéllen, acusado de contratar e pagar o hacker para espionar políticos bauruenses (FOTO: Reprodução web)

Walmir Henrique Vitorelli Braga finalmente se manifestou sobre as acusações de que contratou o hacker de Araçatuba, Patrick Brito, para espionar a vida pessoal e redes sociais de adversários políticos da cunhada dele, a prefeita Suéllen Rosim (PSD), de Bauru. Por meio de uma longa nota divulgada na 4.a feira (1), Walmir admite contato com o hacker, mas que foi “por iniciativa própria”, sem conhecimento da própria família e sem saber das atividades criminosas dele.

Vereadora Estela Almagro confirmou que teve redes sociais invadidas pelo hacker de Araçatuba, por causa da atuação política dela, que contraria interesses do governo Suéllen; caso foi denunciado na câmara pelo vereador e advogado Eduardo Borgo, dia 23/10 (FOTO: Reprodução TV Câmara)
Por ser prefeita, Suéllen estaria sendo “vítima de uma perseguição sem precedentes”, afirmou o cunhado Walmir na nota pública, onde nega que ela soubesse do hacker (FOTO: Reprodução site Contraponto)

Segundo Walmir, esse contato se deu durante a pandemia da Covid-19, quando a esposa dele “estava sendo exposta e perseguida, vítima de denúncias caluniosas, ataques pessoais inclusive com denúncia no Ministério Público”, sendo que Patrick ofereceu-se para ajudar. Sobre a acusação do próprio hacker de que recebeu pagamentos feitos por Walmir para agir contra desafetos da prefeita em Bauru, negou e afirmou que é “formado em Direito e jamais faria pagamento do boleto na minha conta pessoal para contratar um serviço que é obviamente ilegal”.

Walmir classificou as acusações de “mentirosas”, disse que não se manifestaria, “mas essa situação passou dos limites” e manter-se calado “seria covardia”. Ele também contestou a informação de que foi demitido do cargo de assessor do deputado Paulo Correa Jr (PSD) na Assembleia Legislativa, onde recebia salário de R$ 14.570,68: “(…) pedi meu desligamento voluntariamente para evitar qualquer injustiça com quem nada tem a ver com o assunto”.

Ele se refere à própria família, em especial à cunhada Suéllen, que “por ser prefeita, é mais uma vez vítima de uma perseguição sem precedentes”. O cunhado acusado de mandar bisbilhotar a vida de vereadores e de um jornalista, já denunciado inclusive aos promotores do Gaeco Bauru, também negou invasão a um dos computadores da Câmara Municipal, e concluiu a nota pública ameaçando tomar “medidas judiciais” para reparação dos danos que alega estar sofrendo, “injúrias e difamações”.

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