Danilo diz que será preciso recursos de fora para “reerguer a cidade”

Danilo Bigeschi foi reeleito para o 3.o mandato na Câmara Municipal (FOTO: Reprodução/HoraH)

Vereador reeleito para o terceiro mandato, Danilo Bigeschi fala do orçamento municipal comprometido, do endividamento bilionário da Prefeitura e teme que situação “possa ser ainda pior”

Entrevistado ao vivo do HORAH Marília nesta 5.a feira 10, o vereador Danilo Bigeschi, popularmente chamado Danilo da Saúde, foi o 4.o mais votado entre os 17 novos componentes da Câmara Municipal com 2.409 votos. Danilo cumprirá o 3.o mandato na legislatura 2025/2028, é do PSDB, mesmo partido do prefeito eleito Vinicius Camarinha, e abordou as dificuldades que o novo governo terá para administrar a cidade.

“Não vai ser fácil. Será necessário buscar parcerias e recursos fora para reerguer a cidade de forma responsável”, resumiu o vereador, depois de concluir que restam somente 2% do orçamento para investimentos, já que existem obrigações percentuais para aplicação na Saúde e Educação, e a folha sozinha já compromete 58% do total. Outro ponto preocupante é o endividamento municipal estimado em R$ 1,5 bilhão.

Danilo admite que são fortes os comentários de que o governo atual já deverá enfrentar problemas para honrar o pagamento dos servidores neste final de ano, que houve “contratos firmados que vão além dessa gestão e que foram feitos gastos que comprometeram seriamente o orçamento, sem que a gente veja investimentos sendo feitos”, observou. “Tendo acesso às informações reais, o Vinicius poderá dimensionar melhor o tamanho disso tudo, porque já tenho medo que possa ser ainda pior do que se comenta”, disse.

Vereador falou ao vivo para o HORAH Marília nesta 5.a feira 10 (FOTO: Reprodução)

SAÚDE – Área onde atua e que sempre defendeu, a Saúde é motivo também de grande preocupação para o vereador. “Por falta de estrutura e de pessoal nas unidades primárias, que são as UBSs e PSFs, está havendo uma sobrecarga nos pronto-atendimentos, como o PA Sul e a UPA Norte, que deveriam se destinar aos casos de urgência/emergência. Quase 90% dos atendimentos são classificados como leves, sobrecarregando o sistema e até os hospitais”, explicou.

No caso das Especialidades, as filas são enormes. “Tem mais de 3.000 pessoas esperando atendimento com psiquiatra e o agendamento por uma consulta leva até cinco anos”, exemplificou Danilo, que ainda citou problemas na oftalmologia e ortopedia. A proposta do prefeito eleito de implantar o Ganha Tempo da Saúde em Marília, “que nada mais é que o AME+, ajudará muito nas especialidades e diagnósticos”. Mas nada vai se resolver de imediato, segundo Danilo, “porque o orçamento está comprometido e a dívida é enorme, sendo preciso buscar recursos junto aos governos federal e estadual”.

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