De mal a pior – NÍVEL DE EMPREGO INDUSTRIAL VOLTA A CAIR E ACUMULADO ASSUSTA, SEGUNDO CIESP

Do começo da pandemia até hoje morreram 579 jauenses com Convid (FOTO: Divulgação)

Regional Jaú foi enquadrada entre os ‘destaques negativos’ no mês de setembro

É gravíssima a situação da indústria jauense do ponto de vista do nível de empregos, segundo relatório do Departamento de Economia, Competitividade e Tecnologia do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). O desempenho é tão ruim que Jaú foi enquadrado nos ‘destaques negativos’ das 36 diretorias regionais do Ciesp em setembro deste ano. Em resumo, vai de mal a pior.

ASSUSTADOR – Em agosto, a queda geral no nível de emprego foi de 3,63% — o que representa menos 900 postos de trabalho; em setembro praticamente dobrou, registrando queda de 6,90% — ou seja, 1.650 postos de trabalho a menos. Para ter ideia da gravidade do problema, em agosto o setor de artefatos de couro e calçados teve retração no emprego de 12,24%; em setembro, de 31,01%.

Regional Jaú do Ciesp virou “destaque negativo” no Estado, com queda acentuada no nível de emprego na indústria (FOTO: Reprodução Ciesp/Fiesp)

DESANIMADOR – O comparativo do Ciesp entre setembro deste ano e do ano passado também é desanimador: queda no nível de emprego geral da diretoria Jaú de 0,03% em 2018, e de 6,90% neste ano. De janeiro a setembro, foram perdidos 10,48% dos empregos industriais; nos últimos 12 meses, 16,49%. Resultados desesperadores sob a ótica de qualquer analista econômico.

O OPOSTO – Outras regiões cujos governos buscaram novos e diversificados arranjos produtivos, ao contrário de Jaú, estão em franca recuperação. Botucatu, por exemplo, não registra índices negativos: foi positivo em 0,17% em setembro último e tem crescimento no nível de emprego no ano de 4,84%.

Despreparado para o cargo de prefeito, Rafael assiste passivamente ao desmonte da estrutura industrial da cidade, sem reação à altura (FOTO: Reprodução campanha eleitoral)

Há quase 20 anos que Jaú assiste passivamente ao desmonte da estrutura industrial do calçado, a que mais tem sofrido, sem o Poder Público esboçar qualquer reação. Não houve procura por alternativas para o setor, nem a busca por novo arranjo produtivo que pudesse sustentar a economia local, nem programas de incentivo para atrair investimentos, novas empresas, empregos e renda. Após 7 anos na Prefeitura e apesar de toda a propaganda eleitoral em contrário, Rafael Agostini também se mostra despreparado para o exercício do cargo.

HORAH – Para quem exige a verdade