EX-SECRETÁRIO DE ESPORTES E HOJE VEREADOR, EDUARDO NASCIMENTO DISSE QUE SEQUER FOI OUVIDO NA DELEGACIA SECCIONAL DE MARÍLIA; veja porque
O vereador e ex-secretário de Esportes Eduardo Nascimento (PSDB) disse que sequer foi ouvido em declarações na Delegacia Seccional de Marília em inquérito aberto para apurar ‘prática de possível crime previsto na Lei de Licitações e de corrupção ativa’. Anonimamente, ele havia sido acusado de chefiar ”máfia nas licitações da Secretaria de Esportes” com objetivo de ajuda-lo financeiramente. Esses foram os termos da denúncia à 8.a Promotoria de Justiça, que motivaram o promotor Gilson César Augusto da Silva a requerer abertura de inquérito na Seccional.
Nascimento deveria comparecer na 3.a feira (20). Porém, declarações prestadas dia 13 levaram o delegado Mário Furlaneto Neto a encerrar o inquérito. Na ocasião, Bicarlo Moyses Vilas Boas, dono da BM Vilas Boas Buffet de Marília, negou que tivesse sido ameaçado por Nascimento para desistir de licitação para fornecimento de alimentação durante os Jogos Regionais de 2018 na cidade. Apesar de ganhar a licitação, o empresário disse que “acabou desistindo da contratação, pois achou que não compensaria financeiramente prestar os serviços”. Bicarlo também garantiu que o fez “voluntariamente”, que “não foi ameaçado ou constrangido” e que durante todo o processo “sequer teve contato” com Nascimento.
A BM Buffet venceu o pregão presencial 96/2018 para servir alimentação à equipe de arbitragem e pessoal de apoio dos Jogos com proposta de R$ 65,5 mil; a 2.a colocada, Santa Inês Buffet, de Sertãozinho, acabou sendo contratada por R$ 67 mil. Antes, tinha manifestado intenção de recorrer contra a BM alegando questões técnicas e documentais, fato que consta de documentos do Setor de Licitações da Prefeitura; em 26/6/18, a Secretaria de Esportes excluiu do edital de licitação o item 6.1.3.4, que justamente tratava dessas questões, segundo relatado pelo MP à Seccional.
Ouvido por HORAH, Nascimento questionou a credibilidade da ‘denúncia anônima’, a demora de ‘três anos ou mais’ para os fatos se tornarem públicos e afirmou que confia no Setor de Licitações, ainda mais por se tratar de “pregão presencial, na cara de todo mundo”, o que favorece a lisura das condutas. Ele disse ainda que “secretário apenas solicita determinada licitação e, depois de pronta, homologa, sem ter acesso ao processo”. Por fim, falou que por ser politicamente combativo sempre foi alvo de perseguições, mas que provou o contrário todas as vezes. “Vamos ver qual será a próxima”, brincou.
HORAH – Você bem informado
