Defesa absolve 2 e derruba tese de homicídio qualificado contra outro segurança do Caso Marques

A criminalista Dra. Daniela em ação durante o Júri no Fórum de Bariri: acusados foram absolvidos da acusação de homicídio triplamente qualificado (FOTO: Reprodução/Lucas Araújo/Noticiantes)

No carnaval de 2020 em clube de Bariri, região de Jaú, advogado Luiz Henrique Marques se envolveu em confusão com seguranças e, após lesão corporal, foi a óbito; MP pediu condenação dos envolvidos por homicídio triplamente qualificado

A tese da defesa funcionou e o Tribunal do Júri absolveu dois dos três seguranças envolvidos no chamado Caso Marques em Bariri, região de Jaú; o terceiro deles acabou condenado a 4 anos em regime aberto por lesão corporal seguida de morte e não por homicídio triplamente qualificado, como pretendia o Ministério Público (MP). A sentença saiu na noite da 3.a feira 17, depois de mais de 10 horas de júri no Fórum da cidade.

Dra. Daniela após o resultado do Júri: “Defesa foi 100% exitosa” (FOTO: Reprodução/Clube FM de Bariri)

Os seguranças Álvaro Augusto Paleari Jr e Luiz Machado Rocha foram absolvidos. “Ficou provado que eles não tiveram nenhuma participação nos fatos. E ficou claro, também, que o Eduardo não teve nenhuma intenção homicida”, declarou ao final do julgamento a advogada de defesa Dra. Daniela Rodrigueiro, referindo-se a Eduardo de Araújo Alves, o único condenado, mas que permanecerá em liberdade. “A defesa foi 100% exitosa neste caso”, enfatizou a criminalista.

Dra. Daniela derrubou a tese de homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, sem permitir defesa da vítima e por emprego de meio cruel) defendido pelo Promotor de Justiça Dr. Hércules Sormani Neto, que deverá recorrer da sentença do juiz Dr. Igor Montagner, após decisão do corpo de jurados (no caso, seis mulheres e um homem). Segundo Dra. Daniela, a conclusão do Júri foi a mesma a que chegou o inquérito policial neste caso em Bariri.

A criminalista falou que o Júri “reconheceu em sentença que se tratava de um quadro de violência doméstica” que acabou levando ao trágico desfecho da morte do advogado Luiz Henrique Marques. Nas 24 horas que antecederam os fatos, ela disse ter relacionado “mais de 200 mensagens dele para a ex-esposa, todas com ameaças”; e que teria ido ao clube com a intenção de fazer algo contra ela, o que foi evitado pelos seguranças.

Embriagado, o advogado foi colocado para fora do clube e, segundos depois, teria tentado agredir os seguranças; ao ser contido, caiu e bateu com a cabeça, o que teria provocado as lesões que levaram ao óbito já em Jaú, para onde Marques foi encaminhado após ser socorrido em unidade de saúde de Bariri.

Os seguranças que foram acusados, aguardando o julgamento no Fórum de Bariri (FOTO: Lucas Manzutti/Noticiantes / Reprodução)
O advogado Marques, que morreu na ocasião, e imagens de câmera de segurança que flagrou abordagem dos seguranças fora do clube (FOTOS: Reprodução)
Imagem do Tribunal do Júri em Bariri: julgamento chamou a atenção (FOTO: Lucas Manzutti/Noticiantes / Reprodução)

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