Servidores municipais de Marília estarão em assembleia geral a partir das 18h desta 3ª feira (26), em frente à Basílica São Bento, Centro, para decidir se aprova ou rejeita contraproposta salarial da Prefeitura. Pela manhã, comissão de secretários municipais ofertou 3% de reajuste e aumento no vale alimentação de R$ 300 para R$ 330.
“Logo de cara eu desacreditei da contraproposta, de tão indecente que foi. Ela está muito distante da expectativa de valorização que a categoria depositou nesse governo”, declarou a vice-presidente do Sindimmar, o sindicato dos servidores, Bruna Marcelino. Ao HORAH, ela informou que a classe tem ligado para diretores sindicais “indignada, porque esse já é o terceiro ano do governo Daniel Alonso e ele ainda não conseguiu cumprir as promessas de campanha feitas aos servidores”.
Outro ponto bastante criticado por ela foi o uso dos 2% de anuênio para compor a contraproposta da Prefeitura aos servidores. “Isso já está previsto em lei, mas os secretários insistem em usar o cumprimento da lei como um benefício oferecido pelo governo à categoria”, desabafou Bruna. Ela apresentará os índices da contraproposta aos servidores na assembleia e acredita que eles não serão aprovados.
- Contraproposta da Prefeitura foi feita na 2.a rodada de negociação, nesta 3.a feira; próximo encontro foi agendado para 2 de abril (FOTO: Ass.Impr.PMM/Divulgação)
OUTRO LADO – Em nota à imprensa, a Prefeitura argumentou que “continua com sérias dificuldades financeiras” e que o foco está em “manter em dia o pagamento da folha mensal” dos servidores. A contraproposta aos 10% de reajuste reivindicados pela classe (8% de perdas inflacionárias no atual governo e 2% de ganho real) e equiparação do vale alimentação como da Câmara, de R$ 496 mensais, foi feito assim: “reajuste salarial de 3%, somado ao percentual de crescimento em decorrência de anuênio (2%) e outros benefícios”, que, juntos, perfazem “aproximadamente 5,74%”, mais 10% no vale, o que representa aumento de R$ 30.
MAIS – A Administração ainda se compromete a regularizar as dívidas com licença prêmio (atrasada desde 2008 e, na atual gestão, com pagamento mensal de R$ 200 mil); progressão por mérito (pagamento de R$ 300 mil/mês); e prêmio incentivo (liberação de R$ 80 mil mensais). A nota esclarece que na administração passada esses pagamentos foram suspensos, tendo sido retomados agora. A contraproposta foi apresentada aos diretores do Sindimmar pelos secretários Levi Gomes (Fazenda), Bruno Nunes (Planejamento Econômico) e Cassinho (Administração).
HORAH – Você sabe das coisas
