Desvio de dinheiro na Secretaria de Esportes: 38 processos administrativos são abertos

Daniel e Eduardo Nascimento: antes aliados, hoje adversários políticos (FOTO: Reprodução)

A edição desta 5.a feira (7) do Diário Oficial do Município de Marília (DOMM) publicou portarias assinadas pelo prefeito Daniel Alonso, determinando a abertura de 38 processos administrativos para apurar desvio de recursos da Secretaria de Esportes no período 2017-2020, totalizando R$ 2,775 milhões. Os processos são contra empresas, entidades e servidores públicos suspeitos de participação em irregularidades apontadas por auditoria terceirizada pela Prefeitura de Marília, cujo relatório final, com 1.261 páginas, foi publicado no DOMM de 25/11.

Prefeito e atual presidente da Câmara em lados opostos (FOTO: Reprodução)

O prefeito também abriu processo para devolução aos cofres públicos do dinheiro supostamente desviado e encaminhou ofício com as denúncias ao Ministério Público (MP), para as providências cabíveis. Segundo a auditoria, entre as irregularidades que teriam sido encontradas, estão: desvio de dinheiro, pagamento de notas fiscais frias, superfaturamento de serviços contratados pela Secretaria de Esportes, dispensa irregular de licitação pública, pagamento do benefício bolsa-atleta a não atletas, desvio de verbas de eventos como os Jogos Regionais e Abertos, entre outras.

Durante o período em que tais irregularidades teriam sido constatadas, a secretaria era dirigida por Eduardo Nascimento, hoje presidente da Câmara Municipal de Marília. Apesar de estar supostamente envolvido junto com outros cinco servidores municipais, Eduardo não é alvo direto das investigações. Desde que os fatos foram divulgados que Eduardo nega tudo e afirma estar sendo vítima de perseguição do governo municipal, que estaria, segundo ele, “antecipando as eleições” de 2024.

O presidente da Câmara chegou a fazer um vídeo distribuído nas redes sociais onde recomendava ao prefeito que brigasse com ele, mas que não mexesse com os servidores municipais apontados na auditoria como beneficiários dos desvios de dinheiro da secretaria, inclusive com saques de cheques de valores altos na boca-do-caixa. Ao portal G1, Eduardo disse que a auditoria contratada pela prefeitura é “criminosa” e afirmou que “não há provas” de desvios de dinheiro contra ele, os servidores e as empresas citadas.

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