DIG esclarece morte de fruticultor e prende um dos criminosos

Carro do sitiante encalhou em valeta quando ele tentava fugir do local das agressões; ele morreu próximo dali (FOTO: DIG/Reprodução)

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) esclareceu o latrocínio do fruticultor Tadao Tanikawa, 78 anos, ocorrida dia 10 de janeiro nas proximidades da Fazenda do Estado, em propriedade localizada no município de Guaimbê, a 42 km de Marília. Segundo o delegado Luiz Marcelo Perpétuo Sampaio, as investigações concluíram que os irmãos Cristiano Fernando Roque de Souza, o ‘Burca’, e Luciano Roque de Souza, apelidado de ‘Guila’, foram os responsáveis pelo brutal assassinato de Tadao com o objetivo de roubar dinheiro que ele guardava na propriedade. Hoje a DIG cumpriu mandado de prisão temporária contra ‘Guila’; ‘Burca’ continua foragido.

O corpo do fruticultor foi localizado na manhã do dia 11, a cerca de 50 metros da entrada do sítio em que residia e plantava manga e abacate. O carro dele, um VW Gol com placas de Guaimbê estava “mais à frente, encalhado num buraco de erosão na beira da estrada, com as chaves no contato”, explica nota divulgada pela DIG. Na verdade, Tadao havia sido gravemente agredido e ferido pelos assaltantes, mas ainda assim conseguiu se desvencilhar deles e tentar fugir com o carro, que acabou encalhando. O corpo tinha ferimentos na testa, boca e nuca, onde também havia uma perfuração.

Casa do sítio em que Tadao residia com a irmã, próximo à Fazenda do Estado (FOTO: DIG/Reprodução)
Titular da DIG, Delegado Luiz Marcelo Sampaio (FOTO: Reprodução/Jornal do Povo)

Tadao morava no sítio com a irmã Yoshie Tanikawa. Ela contou que na noite do dia 10, o irmão entrou em casa ensanguentado com ferimentos na cabeça, pedindo que ela se escondesse de ladrão na propriedade. “Yoshie teria se refugiado no pomar e passado a noite toda escondida ao relento, sob forte temporal, não tendo visto ou ouvido as pessoas que invadiram a propriedade e agrediram Tadao”, diz a nota encaminhada pelo delegado Luiz Marcelo. Só na manhã seguinte o corpo do irmão foi encontrado na estrada e a polícia acionada para as providências necessárias.

Tadao costumava guardar valores em dinheiro na residência, segundo a polícia, “mas não foi possível apurar quanto foi subtraído na ocasião”. Após as investigações e informações colhidas pelos agentes da DIG, a conclusão é que os ladrões usaram de extrema violência para roubar dinheiro da vítima. ‘Burca’ e ‘Guila’ conheciam a propriedade e os hábitos do sitiante, já que teriam trabalhado no local na colheita de frutas. A perícia indica que Tadao teria lutado contra os ladrões, visto que “um pedaço da parte superior da dentadura e um pedaço da camisa dele foram localizados próximos da entrada da garagem”.

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