Direitos (des)iguais – PREFEITURA NEGA DISCUTIR REAJUSTE A SERVIDORES; secretários já garantiram 54,3%

Edenilson reúne servidores em assembleia na 4.a feira para aprovar pauta de reivindicações (FOTO: Reprodução/Divulgação)

SINDICATO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DE JAÚ PEDIA 1/3 DO QUE FOI DADO AO SECRETARIADO; NEGOCIAÇÃO FOI JOGADA PARA MARÇO

 

Ao contrário dos secretários municipais, cujos salários já estão com reajuste garantido de 54,3% a partir de 1º de janeiro de 2022, os 3.200 servidores municipais de Jaú terão de esperar até março, no mínimo, para discutir eventual reposição inflacionária. “Achamos por direito solicitar o mesmo tratamento que os secretários tiveram do prefeito e da Câmara, mas a resposta que recebemos realmente desanima bastante”, disse Edenilson de Almeida, presidente do Sinfunpaem, o sindicato do funcionalismo.

A resposta chegou dois meses depois de protocolado pedido de reposição de 18% para os servidores, 1/3 do que 11 vereadores da base e o prefeito Ivan Cassaro deram aos secretários. “Uma demora muito grande para não sermos contemplados com o mesmo direito que os secretários tiveram”, observou o sindicalista. Assinada pelo secretário de Governo Paulo Ivo, a resposta diz, segundo Edenilson, que “o prefeito prefere esperar levantamento dos gastos com novas contratações a partir de janeiro, abertura de concurso público, retorno dos adicionais de direito que estão congelados há 18 meses, para ver o impacto sobre a folha de pagamento”.

Só 5 vereadores foram contrários a 54,3% de aumento para secretários municipais de Jaú (FOTO: HoraH/Reprodução TV Câmara)

PRIVILÉGIO – O secretariado foi privilegiado. Em 20/9 teve aprovado projeto da Mesa Diretora da Câmara, sancionado pelo prefeito, aumentando os salários de R$ 6,1 mil para R$ 9,4 mil. Teve inclusive vereador questionando a honestidade dos secretários do governo passado, sugerindo que recebiam “por fora” para se sustentar. Aprovaram o aumento para o secretariado os vereadores Moretti, Chico Quevedo, Bill Luchesi, Tito Coló, Jefferson Vieira, Sabará, Rodrigo de Paula, Paulo Gambarini, Leandro Passos, Dr. Segura e Marcos Brasil; foram contrários Borgo, Mateus Turini, Luizinho, Fábio de Souza e Chupeta.

João Brandão sugere intenção de revogar reajuste polêmico aos secretários de Ivan (FOTO: Reprodução)

REVOGAÇÃO – “Infelizmente a corda sempre estoura pro lado mais fraco e os servidores ficaram sem a reposição dessa inflação”, queixou-se Edenilson, que já protocolou pedido para a prefeitura equiparar o piso dos servidores, de R$ 1,1 mil, ao salário mínimo nacional, que subirá para R$ 1,2 mil. O alento à categoria veio de pronunciamento do presidente João Brandão na última sessão da Câmara deste ano, depois da reação contrária da opinião pública ao reajuste para os secretários: “Quero alertar (…) que já está lá na minha gaveta uma minuta do projeto que eu ia revogar o aumento dos secretários. Eu segurei. Isso foi de autoria da Mesa”.

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