EM NOTA, PREFEITURA DIZ QUE PÔS SEGURANÇA PATRIMONIAL NO CONSELHO; “UM SR. DE 72 ANOS”, PONDERA VEREADOR
Moradora em São Carlos que veio a Jaú para acompanhar a filha no Conselho Tutelar, onde se discutia o abandono dos netos dela, R.R.S, 42 anos, foi ferida com golpe de caco de vidro na região do olho direito e segue internada na Santa Casa desde a tarde da 4ª feira (15). Segundo o B.O., T.R.S apanhou um pedaço de vidro de uma porta quebrada durante briga na sede do Conselho e o arremessou na direção da cunhada V.A.G.B., que “se esquivou e (…) acabou atingindo o rosto da própria mãe”. A mulher passará agora por exame de corpo de delito requisitado pela polícia, que investiga o caso – B.O. registrado pelo delegado Antônio Meneghel.
Duas salas do Conselho foram danificadas na briga que também envolveu a avó paterna das crianças, E.A.G.S. Ela e a tia V. haviam sido notificadas na madrugada, quando foi denunciado o ‘abandono de incapazes’, para discutir o assunto às 14h30 no Conselho. Ocorre que a mãe T., que reside no mesmo endereço em que as crianças foram encontradas sozinhas e entregues aos cuidados da tia V., tomou conhecimento, avisou a mãe e pediu que ela viesse para Jaú. O encontro dos familiares no Conselho, à Rua Prudente de Moraes, Vila Nova, acabou em discussão e briga.
MP – A falta de segurança e outras necessidades do local são do conhecimento da Promotora de Justiça da Infância e da Juventude Mary Ann Gomes Nardo desde agosto, quando parte das conselheiras se cansou de fazer reivindicações à prefeitura. Em setembro, o secretário de Governo Paulo Ivo informou algumas providências ao MP, em documento onde taxou a Notícia de Fato realizada pelas conselheiras como “descompostura” e “cólera” da parte delas. Nesta 5ª feira (16), em Nota Oficial, o mesmo secretário lamentou o ocorrido e culpou a imprensa pela “veiculação de desinformações” sobre os fatos, visto que “a segurança pública não compete à prefeitura, mas sim ao Estado”.
REAÇÃO – A nota ressalta ainda que foi destinado um segurança patrimonial para o Conselho, mas que esse profissional “não pode interferir em situações de conflito por não possuir poder de polícia”. Vereador Mateus Turini, que acompanha as dificuldades do Conselho Tutelar há meses e já as denunciou na Câmara, reagiu: “Já disse que (a prefeitura) não tem critério para escalar (seguranças), e isso está claro, porque colocaram um sr. de 72 anos no Conselho Tutelar; isso sem falar na insalubridade desses seguranças, periculosidade etc. Nós já levamos também ao Ministério Público e vamos continuar cobrando”.
HORAH – A verdade dos fatos
