- FABRÍCIO DIZ UMA COISA E OS FATOS APONTAM PARA OUTRA; PARA TIRAR A PROVA, SERÁ OUVIDO DE NOVO (FOTO: Reprodução Redes Sociais)
O psicólogo Fabrício Arena, 36, acusado de matar a mulher e a enteada de 9 anos de idade em Pompeia, região de Marília, pode ter mentido à polícia. É isso o que indicam laudos técnicos da Polícia Científica, o que levará a nova tomada de depoimentos. Há divergências entre o que ele falou, os fatos e o que disse a enteada mais velha, de 16 anos, apreendida na Fundação Casa sob suspeita de envolvimento nos crimes – ela era ‘namorada’ do padrasto.
Delegado que conduz as investigações, Cláudio Anunciato Filho disse que Cristiane Arena, 34 anos, com quem Fabrício morava, foi morta com mais de um golpe, provavelmente de faca, enquanto que ele alega ter sido apenas um. As perfurações causaram hemorragia pulmonar que a levou à morte. Na casa, a polícia não achou a faca supostamente usada no crime, mas, sim, uma machadinha.
Essa machadinha pode ter sido usada para golpear a menina Karoline, morta por traumatismo craniano. Fabrício diz que a adolescente com quem mantinha caso amoroso seria a responsável pelo assassinato da irmã mais nova, o que ela nega. A garota apenas confirma ter ajudado a sepultar os corpos – primeiro da mãe, em novembro, e, cerca de 20 dias depois, da irmã, que teria sido morta de tanto perguntar sobre o paradeiro da mãe. Fabrício e a adolescente serão ouvidos novamente.
Os corpos de Cristiane e Karoline foram enterrados no quintal da casa em que a família morava, na periferia de Pompeia, no início deste mês. Assim que percebeu a proximidade da polícia no caso, Fabrício fugiu e só foi preso dias depois trabalhando em uma obra civil no Mato Grosso do Sul. A adolescente, apreendida por suposto envolvimento nos crimes, entregou a localização exata do corpo da irmã mais nova.
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